O processo licitatório para reinício das obras de conclusão da UFN3, localizada em Três Lagoas, deve ser iniciado em dezembro de 2024. A unidade deve estar operando até o final de 2028. A afirmação foi feita pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates em entrevista à CNN para rebater um dossiê, feito na semana passada, contra a permanência dele no comando da estatal. A UFN3, quando concluída, terá um papel fundamental na redução da dependência brasileira em 15% dos nitrogenados, contribuindo para a autonomia nacional no setor de fertilizantes. Com 81% da obra realizada, a construção foi paralisada no final de 2014.
Um dos pontos informados era de que ele resistia em concluir a UFN3, que precisa de investimento de R$ 5 bilhões para ser concluída.
O presidente Jean Paul Prates afirmou ao site que nunca foi contra a inclusão desses projetos no Planejamento Estratégico da Petrobras, tendo se posicionado reiteradamente em contrário, defendendo sua importância para a visão de uma empresa com amplo leque de produtos, beneficiária da integração com diversos setores, inclusive o agronegócio. A posição foi confirmada também pela ministra do Planejamento Simone Tebet.
Para compor o portfólio da Petrobras e receberem investimentos, os projetos não dependem de solicitação de qualquer Ministro ou autoridade, mas sim da demonstração técnica de viabilidade financeira. Os projetos em questão foram avaliados e serão retomados, de forma alinhada à decisão da Petrobras de voltar ao setor de fertilizantes. Decisão essa expressa no Plano Estratégico 2024-2028+.
O secretario de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) Jaime Verruck, reafirmou que o dossiê não correspondia a realidade. “O dossiê do Prates não retomar a UFN3 está equivocado. Estamos acompanhando o assunto junto com a ministra Simone Tebet e temos inclusive a previsão que a licitação ocorra no final de ano”, salientou.
Histórico da UFN3
A fábrica de fertilizantes foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.
Fonte: Semadesc