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ABTCP em Foco – Novembro/2024

Confira os eventos destaques da ABTCP em outubro e novembro

Reunião Anual dos Coordenadores no ABTCP 2024

No dia 2 de outubro de 2024, durante o segundo dia do ABTCP 2024 – Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel, foi realizada a reunião anual dos coordenadores com o objetivo de alinhar os trabalhos para o próximo ano. O encontro contou com a participação de coordenadores de diversas comissões técnicas, incluindo:

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  • Afonso Pereira (CSCRSB&U)
  • Maria Teresa Borges Pimenta Barbosa (CT Biorrefinaria & Nano)
  • Daniel Camarda Silva Folco (CT Segurança)
  • Alessandro Martoni (CT Papel)
  • Moisés Panaro (CT Manutenção)
  • Danyella Perissotto (CT Celulose)
  • Flavio Hirotaka Mine (CT Automação)

Representando a ABTCP, Joice Fujita, responsável pelas Comissões Técnicas, também esteve presente. A reunião reforçou o compromisso com o desenvolvimento do setor e definiu diretrizes estratégicas, promovendo a troca de experiências e o planejamento de ações.


Mesa Redonda da Comissão Técnica de Segurança do Trabalho – Gestão de Saúde e Segurança em Parada Geral

A Mesa Redonda da Comissão Técnica de Segurança do Trabalho, realizada em 24 de outubro de 2024, reuniu 34 participantes no formato on-line pela plataforma da ABTCP. Moderada por Daniel Camarda Silva Folco, coordenador da Comissão Técnica (CT), a mesa teve como palestrante Adriano José Francisco, gerente regional de Segurança da Klabin.

O tema central da discussão foi a “Gestão de Saúde e Segurança em Parada Geral”, abordando práticas e estratégias para assegurar a segurança dos trabalhadores durante esse tipo de operação.

O profissional destacou o desafio de coordenar as paradas gerais nas duas fábricas da Klabin na região, Monte Alegre e Puma. A operação dessas unidades emprega cerca de 8 mil pessoas, com picos de até 6 mil trabalhadores temporários durante as paradas, que são intensivas em termos de manutenção e exigem cuidados redobrados com a segurança.

Durante as últimas paradas, Monte Alegre contou com a participação de 188 empresas e 371 escopos de trabalho, enquanto Puma teve 164 empresas e 382 escopos. A necessidade de uma gestão rigorosa, que envolve o controle de grande número de trabalhadores, foi enfatizada pelo gerente, que destacou a importância da segurança para a prevenção de acidentes.

“A Klabin adota um modelo de planejamento contínuo, com análises pós-parada e ajustes para melhorar a execução nas paradas subsequentes. O processo envolve desde reuniões com equipes internas até workshops com empresas contratadas para alinhar as premissas de segurança. Um dos principais instrumentos utilizados pela empresa é o ‘Anexo 5’, documento que define diretrizes de segurança, saúde e capacitação, funcionando como um guia para todas as atividades realizadas nas paradas gerais”, pontuou.

Francisco detalhou ainda a integração entre as equipes, ressaltando a importância do treinamento unificado para otimizar o tempo e os recursos. Nas últimas paradas gerais, mais de 7.600 integrações de trabalhadores foram realizadas, garantindo que todos estivessem devidamente preparados para atuar nas operações.

A empresa implementou um sistema de controle de transporte rigoroso, exigindo que as empresas contratadas enviassem documentos de conformidade dos veículos por meio de um portal. Apenas veículos que passassem pela inspeção de segurança e recebessem um QR Code eram autorizados a operar. Cerca de 270 veículos foram inspecionados nas últimas paradas.

“A Klabin também realiza inspeções detalhadas de todos os containers e equipamentos utilizados nas paradas, com a checagem de mais de 26 mil ferramentas e 381 máquinas nas últimas operações”, citou. Francisco ressaltou ainda que a prevenção de acidentes é uma prioridade, com ações específicas voltadas para a segurança contra quedas de objetos, um dos maiores riscos durante as paradas.

Proteções adicionais, como feltros e telinhas, são instaladas para garantir a segurança dos trabalhadores nas áreas de risco, como caldeiras e digestores.

O evento teve continuidade respondendo às questões dos participantes, permitindo a troca de experiências e as boas práticas compartilhadas, fortalecendo a evolução nas estratégias de gestão de saúde e segurança.

Mesa Redonda da Comissão Técnica de Celulose – Aplicabilidade da MFC

A Mesa Redonda da Comissão Técnica de Celulose, realizada em 29 de outubro de 2024, contou com 19 participantes no formato on-line pela plataforma ABTCP. Com moderação de Danyella Perissotto, coordenadora da CT, o encontro discutiu os desafios e oportunidades da Celulose Microfibrilada (MFC).

A apresentação de Larisse Batalha e Nilton Louvem, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), sobre a aplicabilidade da MFC destacou suas características inovadoras, evolução na produção e amplas aplicações potenciais. A MFC é reconhecida por sua grande área superficial, alto potencial de ligação e retenção, além de sua alta estabilidade sob diversas condições, como pH e temperatura. Seu comportamento pseudoplástico, que permite a diminuição da viscosidade com o aumento das taxas de cisalhamento, a torna especialmente útil em várias formulações.

A produção de MFC tem se expandido significativamente, com o surgimento de novas tecnologias que melhoram a eficiência e as propriedades do material. O aumento das publicações científicas e patentes reflete o crescente interesse acadêmico e industrial por este material. As aplicações da MFC são diversas e incluem seu uso como aditivo em papéis e papelões, especialmente em embalagens para contato com alimentos. Além disso, a MFC é utilizada em embalagens para melhorar a resistência e as propriedades de barreira, em cosméticos como agente espessante, na indústria alimentícia, em materiais compósitos para aumentar a resistência e rigidez, e em têxteis para melhorar a durabilidade. Esses destaques evidenciam o potencial da MFC como um material versátil e inovador, capaz de transformar diversas indústrias.

Contudo, a MFC ainda enfrenta desafios. Entre eles, o custo de produção, falta de guias e normas, entre outros. Em países como a China e Estados Unidos, por exemplo, o uso é aprovado em até 5% de fibrilas em peso, mas vale destacar que o produto possui regulamentações bastante diferenciadas no mundo todo.

Adentrando mais nos desafios da MFC, Estevão Frigini Mai, da área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Biorrefinaria da Suzano, disse que embora tenha grande potencial para diversas aplicações industriais, sua implementação em larga escala requer, especialmente, a superação de barreiras técnicas e econômicas.

“A complexidade do processo de produção, que envolve o consumo de energia, controle de qualidade e a necessidade de equipamentos adequados, pode dificultar a viabilidade econômica da MFC”, disse o profissional da Suzano.

Ele pontuou também que existem desafios pré-competitivos que precisam ser abordados de forma colaborativa. Isso inclui a necessidade de instrumentação e medições precisas, análise computacional e conformidade com regulamentações ambientais e de segurança.

“A interação entre universidades, institutos de pesquisa e a indústria é crucial para desenvolver uma base técnica sólida que favoreça a adoção da MFC”, acrescentou Mai.

Outros pontos importantes indicados por ele são a necessidade de um mercado-alvo bem definido e a proteção da propriedade intelectual, essenciais para garantir que as inovações possam ser comercializadas de forma eficaz. A logística e o armazenamento também representam desafios, pois a MFC deve ser manipulada e transportada de maneira que mantenha suas propriedades funcionais.

Normalização Técnica – Comitê Brasileiro de Celulose e Papel

Estão circulando em Consulta Nacional os seguintes projetos:

  • Projeto de Adoção ABNT NBR ISO 3038 – Papelão ondulado – Determinação da resistência da colagem pelo método de imersão em água.
  • Projeto de Revisão ABNT NBR 15231 – Papel para miolo – Determinação da resistência à compressão de coluna quando ondulado em laboratório (CCT).

Uma das mais importantes etapas do processo de desenvolvimento e revisão de normas técnicas, a Consulta Nacional, permite o acesso pelas partes interessadas aos projetos discutidos pelas Comissões de Estudos (CE) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), possibilitando a contribuição para a revisão das normas que atendam às necessidades da sociedade.

Para realizar a votação, basta acessar os projetos pelo link www.abntonline.com.br/consultanacional, clicar em “Pesquisar pelo Comitê”, identificar a linha ABNT/CB-029 – Celulose e Papel e selecionar a norma que deseja visualizar.

Para a realização da votação, é necessário realizar cadastro ou utilizar o login e senha, caso já tenha efetuado o cadastro em outra oportunidade.

O período de Consulta Nacional se encerra no dia 3 de dezembro. Na sequência, a Comissão de Estudos responsável se reunirá para discutir e avaliar os comentários recebidos, buscando obter consenso sobre os documentos finais que serão publicados.

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