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Desenvolvimento de pessoas: investimento inteligente para o futuro das organizações

Investir no desenvolvimento contínuo de pessoas é crucial para a competitividade e inovação das organizações, garantindo preparo frente às rápidas mudanças globais

Caros leitores, neste mês, exploraremos a importância crucial na formação de uma força de trabalho mais eficiente e inovadora. Aspectos como os investimentos estratégicos em desenvolvimento de pessoas podem transformar a realidade das organizações brasileiras e, por conseguinte, da economia nacional.

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Partindo do princípio de que hoje o cenário competitivo global é caracterizado por rápidas mudanças no perfil do trabalhador, impulsionadas pelos avanços tecnológicos, é evidente o impacto direto do desenvolvimento de pessoas na produtividade e na capacidade de inovação das organizações. Essa observação é corroborada pelo relatório sobre o futuro do trabalho do Fórum Econômico Mundial, que aponta que quase um quarto dos empregos (23%) globalmente estão previstos para passar por transformações nos próximos cinco anos.

Segundo uma análise específica para o contexto brasileiro, é previsto que aproximadamente 44% das competências dos profissionais sofrerão mudanças nos próximos cinco anos, impactando cerca de 60% da mão de obra ativa. Isso significa que seis em cada dez trabalhadores precisarão de desenvolvimento de pessoas até 2027. Além disso, espera-se uma rotatividade de 21% na força de trabalho durante esse mesmo período.

Mais que um dispêndio, investir no desenvolvimento contínuo dos colaboradores configura-se em um diferencial estratégico essencial para garantir a competitividade e o crescimento sustentável da organização a longo prazo.

É inegável que a frase de Robert Orben é uma crítica àqueles que subestimam o valor do investimento em desenvolvimento de pessoas. Ao afirmar que: “Se você acha que desenvolver pessoas é caro, experimente a ignorância”, Orben nos lembra que os custos da ignorância superam em muito os investimentos em desenvolvimento de pessoas. Ou seja, em um ambiente de negócios cada vez mais acirrado, onde a inovação e a eficiência são determinantes para o sucesso, subestimar o valor do investimento em desenvolvimento de pessoas pode ser fatal para as organizações.

A ausência de conhecimento e competências apropriadas pode acarretar a perda de oportunidades no mercado, a diminuição da produtividade, falhas operacionais e, até mesmo, crises de reputação. Um exemplo vivido desse cenário foi o enfrentado pela A Equifax, uma das maiores empresas de análise de crédito dos Estados Unidos, em 2017, que sofreu uma violação massiva de dados e expôs informações pessoais de 147 milhões de pessoas.

A investigação revelou que a falha foi em parte devido à falta de desenvolvimento adequado de pessoas em segurança cibernética e à má gestão dos patches de software. Nesse contexto, surge uma reflexão pertinente sobre o verdadeiro valor do desenvolvimento humano contínuo em segurança da informação para os colaboradores, em contraposição aos danos causados que chegaram ao montante de US$ 1,35 bilhão.

É necessário alterar a perspectiva corporativa de que o desenvolvimento de pessoas da força de trabalho é um custo, quando na verdade é um investimento no futuro da empresa. Essa visão míope é impulsionada por diversos fatores, alguns dos quais são descritos a seguir:

  1. Medo do Investimento Ser Desperdiçado: Um dos principais medos é o de investir em programas de desenvolvimento de pessoas que não gerem resultados efetivos. A falta de clareza nos objetivos, na mensuração do retorno sobre investimento (ROI) e na personalização dos programas gera insegurança e impede que as organizações visualizem o valor tangível do desenvolvimento de pessoas.
  2. Perda de Talentos para o Concorrente: Outro receio comum é que investir em colaboradores signifique capacitá-los para que busquem oportunidades em outras organizações, levando consigo o conhecimento adquirido. Essa visão ignora o fato de que funcionários engajados e valorizados são menos propensos a buscar novas oportunidades, além de contribuírem ativamente para a retenção de talentos por meio do compartilhamento de conhecimento e da criação de um ambiente positivo de trabalho.
  3. Custos Adicionais: Programas de desenvolvimento de pessoas de funcionários geralmente envolvem custos com desenvolvimento, workshops, mentorias e outras ferramentas. Essa perspectiva de curto prazo ignora os benefícios a longo prazo, como o aumento da produtividade, a redução de erros, a melhoria na qualidade do trabalho e a otimização de processos, que geram economias significativas para a empresa.
  4. Dificuldade na Mensuração do ROI: A mensuração do retorno sobre investimento em desenvolvimento de pessoas pode ser desafiadora, pois envolve diversos fatores intangíveis. No entanto, existem métodos e ferramentas que permitem acompanhar o impacto dos programas, como pesquisas de clima organizacional, avaliações de desempenho e análise de indicadores de produtividade.
  5. Ausência de uma Cultura de Aprendizagem Contínua: Estabelecer uma cultura que reconheça a importância do aprendizado contínuo demanda um compromisso por parte da liderança e uma integração efetiva do desenvolvimento pessoal no cotidiano da organização. Sem esse ambiente propício, as iniciativas de desenvolvimento pessoal podem ser percebidas como eventos pontuais, carentes de impacto tangível nas atividades dos colaboradores.

Ao abordar as preocupações frequentemente levantadas pelas organizações sobre o investimento no desenvolvimento de pessoas e de sua força de trabalho, é essencial entender que tais receios muitas vezes são baseados em uma visão limitada quanto aos seus benefícios e impactos trazidos ao futuro da empresa. Embora o medo de desperdiçar recursos, a perda de talentos para concorrentes e os custos adicionais sejam preocupações que nos pareçam legítimas, uma análise mais aprofundada revela uma perspectiva diferente. Dados e evidências contrapõem esses receios, mostrando que o desenvolvimento de pessoas é, na verdade, um investimento estratégico com retornos substanciais tanto tangíveis quanto intangíveis.

Vejamos alguns dados a seguir:

  • Segundo a American Society for Training and Development (ASTD), investir no desenvolvimento de pessoas impulsiona a produtividade em 24%.
  • A Gallup revelou em seu relatório “State of the American Workplace Report” (2023) que organizações que investem em desenvolvimento humano têm 59% menos rotatividade de pessoal.
  • De acordo com o LinkedIn – 2019 Workplace Learning Report, 94% dos colaboradores indicaram que permaneceriam mais tempo em uma empresa que valorizasse o desenvolvimento de suas habilidades profissionais.
  • Um estudo da IBM, “The Value of Training”, mostrou que cada dólar investido em e-learning resulta em um aumento de produtividade de 30 dólares.
  • Segundo a Harvard Business Review, organizações que promovem programas de desenvolvimento de habilidades de pessoas relatam uma melhoria de 20% na qualidade do trabalho.
  • A PwC, em “The Future of Work” (2023), afirma que a formação contínua ajuda a reduzir erros e ineficiências, resultando em uma diminuição de até 10% nos custos operacionais.

Para concluir, é essencial que as organizações brasileiras compreendam que o desenvolvimento contínuo de seu pessoal não é apenas uma questão de sobrevivência em um mercado competitivo, mas uma estratégia vital para o crescimento sustentável e a inovação. Investir em capacitação de pessoas é garantir que a força de trabalho esteja sempre preparada para atender aos desafios de um mundo em constante evolução.

Os dados apresentados são claros: Organizações que valorizam o desenvolvimento de pessoas colhem frutos em termos de produtividade, retenção de talentos e eficiência operacional. A visão de que o desenvolvimento de pessoas é um custo deve ser abandonada, dando lugar à percepção de que é um investimento indispensável para o futuro.

Portanto, convido todos os líderes e gestores a refletirem sobre suas políticas de desenvolvimento de pessoas e a adotarem uma postura proativa nesse sentido. A prosperidade das organizações e da economia nacional depende diretamente da capacidade de nossas organizações em se adaptarem, inovarem e, acima de tudo, investirem nas pessoas.

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