A Klabin comunicou hoje, 26 de junho, em fato relevante, que o Conselho de Administração aprovou o projeto de modernização da unidade de Monte Alegre, no Paraná, a fábrica mais antiga da empresa de papelcartão e kraftliner. O investimento total estimado é de R$ 1,66 bilhão, incluindo cerca de R$ 180 milhões de impostos recuperáveis, a serem investidos entre 2024 e 2027. Este montante já estava contemplado nas estimativas de investimentos publicadas em 20 de dezembro de 2023.
O Projeto envolve a instalação de uma nova caldeira de recuperação com tecnologia de ponta e capacidade semelhante à caldeira atual, que será descontinuada. Este equipamento é fundamental para a operação de uma planta de papel e celulose, pois recupera os químicos utilizados no cozimento da madeira e produz vapor a partir do processamento do licor negro. A nova caldeira deve entrar em operação no quarto trimestre de 2026.
O investimento de R$ 1,66 bilhão prevê ainda a modernização do sistema digital de controle das utilidades, do sistema de tratamento de gases odorosos e de prédios de apoio.
Atualmente, a produção nominal anual de Monte Alegre é de 1.030 mil toneladas, sendo 730 mil toneladas de papelcartão e 300 mil toneladas de kraftliner. A caldeira de recuperação tem capacidade de 1.950 tss/dia. Segundo informações da Klabin, o projeto assegura a continuidade operacional de Monte Alegre e reduz Opex, esperado em R$ 45 milhões/ano, a partir da redução dos custos de manutenção, energia elétrica pela maior geração, menor perda de sulfato de sódio, redução do consumo de biomassa e outros fatores.
Sem esta modernização, Monte Alegre reduziria em 40% sua capacidade de produção vendável, ou aproximadamente 400 mil toneladas.
O principal objetivo desta modernização é garantir a continuidade operacional da unidade de Monte Alegre, que é a maior produtora de papelcartão do Brasil. Além disso, espera-se um aumento na eficiência, competitividade e sustentabilidade da unidade. Entre os benefícios previstos, destaca-se a redução da emissão de gases de efeito estufa, alinhada com os objetivos de desenvolvimento sustentável da Klabin (KODS).
Benefícios ambientais:
- Chaminé de 100 metros de altura para melhor qualidade do ar e melhor dispersão das emissões
- Desativação dos incineradores e redução do consumo de GLP¹, aumentando a matriz energética de fontes
renováveis da unidade de 91,9% para estimados 93,2% e reduzindo as emissões de GEE² em 16,7 mil
tCO2eq/ano - Controle de odor mais eficiente pela queima de GNCD³ e GNCC4 na própria caldeira, ao invés do atual
incinerador - Melhor utilização de recursos naturais devido à redução de consumo/compra de biomassa pela maior
eficiência térmica da nova caldeira - Redução da emissão de ruídos pois a nova Caldeira de Recuperação terá silenciadores projetados para
emissão máxima de 85 dB no piso zero da caldeira
Nota: 1 – Gás liquefeito de petróleo; 2 – Gases de efeito estufa; 3 – Gases não condensáveis diluídos; 4 – Gases não condensáveis concentrados