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Primeira reunião do CFC da ONU aprova novos projetos em 2025

Os projetos com aporte de US$ 10 milhões do CFC, englobam US$ 60 milhões em investimentos que beneficiarão as commodities de 37 países

Na primeira reunião do Conselho Consultivo (CC) do Fundo Comum de Commodities (CFC) da Organização das Nações Unidas (ONU), foram examinados e aprovados 10 novos projetos. Na ocasião, o empresário e economista Wilson Andrade também foi eleito vice-presidente do CC, entidade da qual foi indicado como conselheiro em 2017/2018 e foi presidente em 2019/2020. 

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Sediado em Amsterdam (Holanda), o CFC é formado por 104 países-membros com a missão de apoiar o desenvolvimento econômico, social e ambiental, através de incentivos a commodities em todo o mundo. O CC é composto por nove especialistas eleitos pelos países-membros e tem a função de definir prioridades para o Fundo, analisar, aprovar e acompanhar projetos que lhe são apresentados.

Os projetos que terão aporte de US$ 10 milhões do CFC, englobam US$ 60 milhões em investimentos que vão beneficiar as commodities das quais dependem 37 países ao redor do mundo. Segundo a ONU, estima-se que mais de 1 bilhão de pessoas dependem diretamente do comércio de commodities ao redor do mundo. Isso inclui agricultores, trabalhadores da indústria extrativa e outras pessoas cujos meios de subsistência estão ligados ao setor.

“O agronegócio baseado nas commodities gera, em todo mundo, um bom porcentual da economia total. Todavia, há a preocupação no que diz respeito à melhor distribuição dos resultados da atividade com commodities entre os diferentes elos das cadeias produtivas. É preciso corrigir a distribuição atual de rendimento dos resultados das commodities. Por exemplo, o preço de um quilo de café no mercado consumidor final é exponencial e exageradamente maior que o preço ao produtor na base da cadeia produtiva. Por isso é importante que nos preocupemos em apoiar o financiamento de projetos que favoreçam a verticalização das cadeias produtivas, com inclusão de tecnologias e inovações que permitam a melhor distribuição de rendimentos das atividades”, declarou Andrade que tem forte atuação na área internacional defendendo o agronegócio da Bahia e do Brasil.

Os projetos aprovados nesta primeira reunião são da Colômbia, Egito, Guatemala, Honduras, Paquistão, Quênia, Ruanda, Serra Leoa, Tanzânia e Zâmbia; e envolvem as atividades de: tilápia, castanhas, pimenta, borracha, frutas, café, cacau, vegetais e óleos vegetais, e fundos de investimentos.

Na reunião, Andrade destacou o crescimento de registro e de aprovação desses fundos de investimentos – uma aposta que o empresário já sinalizava desde 2020. “Aprovamos três fundos que provém o fomento direto para os pequenos produtores, além da assistência técnica e comercial. Essa tendência vem aumentando e pode ser um ótimo exemplo para as pequenas propriedades e de agricultura familiar. É preciso aproveitar experiências como essas de projetos financeiros para os negócios e regiões mais necessitadas do Brasil, como é o caso do semiárido nordestino”, disse.

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“Tenho especial interesse nos projetos que viabilizam investimentos nas commodities em parceria com outros fundos ou agências de desenvolvimento de menor porte em diversas regiões do mundo. Essas parcerias viabilizam um efeito multiplicador dos investimentos e possibilitam uma troca de experiência desses fundos menores com o CFC no trato com as empresas, cooperativas e produtores demandantes de financiamento”, completou.

Lamentando que nenhum projeto foi apresentado pelo Brasil, o empresário reforça a esperança de que no próximo edital – abril de 2025 – o país esteja representado. “Com isso se amplia a oportunidade de financiamento para pesquisas e projetos de desenvolvimento de commodities na Bahia e no Brasil. Já participamos da aprovação de um projeto da Bahia que recebeu apoio de US$ 1,5 milhão para a área de cítricos no semiárido da Bahia”, informou.

Para Andrade, com a presença de um brasileiro no CC, a Bahia e o Brasil ganham pelo acesso às informações e pela maior interação entre os países no desenvolvimento de commodities. “A Bahia e o Brasil precisam se internacionalizar mais e este esforço tem que ser conjunto entre o Governo e a iniciativa privada. E não apenas pela possibilidade de financiamento do Fundo, mas pelas oportunidades com outras fontes da ONU e de países-membros, aos quais podemos levar as demandas do nosso agronegócio – o setor que mais ajuda o Brasil a crescer”.

Parceria – Desde que se tornou membro do CC do CFC, Andrade firmou parceria com a Unijorge e a Comissão de Comércio Exterior e Relações Internacionais da Associação Comercial da Bahia (Comex-ACB) que visa a divulgação da oportunidade, capacitação de projetistas e acompanhamento e estímulo de projetos locais.

O serviço é prestado com o apoio de entidades empresariais (Faeb, Fieb, Fecomércio, ACB, Aiba, Abrapa, ABAF, Assocafé, sindicatos industriais, sindicatos rurais, cooperativas etc.), de agentes de desenvolvimento (bancos, Desenbahia, Sebrae, fórum das pequenas empresas da SDE, câmaras setoriais etc.), de agentes governamentais (Seagri, SDE, SDR etc.), na área nacional (CNI, CNA, CNC, academias, institutos de pesquisas, consultorias especializadas em projetos agro etc.), entre outros. “Este apoio e divulgação são compromissos extra que temos com o CFC”, acrescenta Andrade. 

“Uma das vertentes da universidade é produzir conhecimento que seja relevante para a sociedade, que possa atender às suas demandas e que contribua para o desenvolvimento econômico e sustentável. Esta parceria é uma oportunidade importante para que o conhecimento científico alcance aplicabilidade prática e para que os desafios econômicos e sociais inspirem a produção acadêmica”, diz Katiani Zape, coordenadora do curso de Relações Internacionais da Unijorge.

“A interdisciplinaridade do conselho, mesclando temáticas relacionadas à economia e gerenciamento de projetos, entre outras, representa uma grande oportunidade para o fortalecimento das relações entre o meio acadêmico e a sociedade. A parceria oferece a chance para que os estudantes participem de debates tão relevantes e se projetem como atores na construção de pontes para o desenvolvimento”, disse o estudante Guilherme Dias.

WILSON ANDRADE

Diretor Executivo da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) que congrega empresas que utilizam madeira de florestas plantadas. Opera com atividades de trading, investimentos em geral e consultoria nas áreas de recuperação de empresas e implantação de projetos pioneiros para a iniciativa privada e organizações governamentais. É presidente do Conselho de Comércio Exterior da FIEB e a representa na Coalizão Empresarial Brasileira (CEB), da CNI, que acompanha junto ao Governo Federal os acordos internacionais brasileiros, sejam eles bilaterais ou multilaterais. É professor de Economia Internacional, Comércio Exterior e tem colaborado em outras entidades internacionais: membro do Conselho Consultivo (CC) do Fundo Comum de Commodities (CFC) das Nações Unidas desde 2017; Presidente do Conselho Superior da Associação Comercial da Bahia (ACB); Presidente e fundador da organização mundial de fibras naturais (International Natural Fibres Organization – INFO) que reúne 16 países produtores de fibras naturais; Cônsul Emérito da Finlândia; Preside o Intergovernmental Group on Hard Fibres (IGGHF/FAO/ONU) e desde 1972 representa o governo brasileiro como Delegado em várias reuniões.

Para mais informações: Wilson Andrade – (71) 3342-6102/ 98801-3000 / [email protected].

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