Aqui, nós temos custos de empresa grande e faturamento
de empresa pequena.” Ouvimos,
certa vez, um CEO (e fundador) de uma empresa
média brasileira, de origem familiar, falar
de seu negócio com essa frase. Não se trata de
uma frase que cause inveja a muita gente… Junto
dela, esse fundador convivia com uma competição que exigia
dele investimentos de porte cada vez maior. Ter mais tecnologia
na fábrica, melhores sistemas de informação, executivos mais
caros, entre outros elementos, eram pressões daquele momento,
em que toda a competição estava partindo para uma lógica cada
vez mais global, ainda que seu mercado direto fosse o brasileiro.
Muitas empresas médias se identificam com o perfil acima.
Trata-se de um tipo de empresa muito menos lembrado
pela imprensa de negócios, pelos acadêmicos e pelas consultorias.
É importante destacar que empresas médias não são
empresas pequenas: costumam ter faturamentos relevantes
(acima de centenas de milhões de reais); empregam muita
gente (centenas ou até milhares); e atingem contingente significativo
de clientes.
A cadeia produtiva brasileira de Papel e Celulose conta
com diversas empresas desse tipo em muitos dos seus elos,
havendo certo destaque para os segmentos de papel (tissue,
papelcartão, …) e para alguns ramos de fornecedores.