Espirrar forte, rir demais, pular, levantar muito peso ou exagerar nos exercícios de impacto. Para 10 milhões de brasileiros (Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia) essas atividades trazem um pequeno inconveniente que, a longo prazo pode prejudicar de forma significativa a qualidade de vida: a incontinência urinária. Se você acha que esse é um problema exclusivo dos idosos, está muito enganado! Boa parte de população que sofre com o problema está na casa dos 18 aos 50 anos.
Segundo pesquisa do IPEC (Inteligência e Pesquisa e Consultoria) feita em 2021, com duas mil pessoas em todo o país, as mulheres são as mais afetadas, representando 68% dos afetados — 20% contam que o problema começou durante ou após a gravidez, 15% após ou durante a menopausa e 15% na terceira idade.
Segundo a fisioterapeuta em saúde da mulher, Flaviana Meyer, um dos motivos pelos quais os casos de incontinência urinária entre mulheres mais jovens estarem tornado-se evidentes nos consultórios, é justamente pelo fato das gerações mais jovens lidarem com a questão de forma mais aberta, sem “tabus”. “As gerações mais velhas, acima dos cinquenta anos, ainda enxergam a situação como motivo de vergonha e procuram soluções paliativas para resolver o problema sem conversar com um profissional”, explica.
Com isso, a procura por soluções para minimizar o desconforto e constrangimentos devido à leve perda urinária vem aumentando significativamente e tal fator, já traz reflexos no mercado. Segundo Renata Maciel, gerente de marketing e trade da Mili, principal indústria do segmento de higiene pessoal de capital 100% nacional, as fraldas para adultos foram os produtos mais procurados entre todos os oferecidos pela empresa em 2022. “Comparando os seis primeiros meses deste ano com o mesmo período de 2021, o que observamos foi um aumento de 119% na compra de fraldas geriátricas da marca o que é um indicador importante de que a incontinência urinária vem afetando parcela cada vez maior da população”, afirma.
Como identificar o problema?
Flaviana explica que qualquer perda de urina involuntária ao espirrar, tossir ou fazer qualquer esforço físico merece atenção. “Outro sinal de alerta é não conseguir chegar a tempo ao banheiro”, explica.
“Vale lembrar que o diagnóstico pode ser dado tanto por um fisioterapeuta ou urologista. O importante é procurar suporte médico assim que os primeiros sintomas de incontinência urinária aparecem”, recomenda Flaviana.
Ainda segundo a fisioterapeuta, é fundamental manter a atenção sobre a saúde da pélvis, antes mesmo do problema aparecer. “Para isso, exercícios de fortalecimento – como agachamentos, contrações musculares e pranchas abdominais – devidamente orientados por um profissional, podem ajudar a evitar problemas futuros”, finaliza.
Da Assessoria de Comunicação da Mili