O “S” Do Esg E A Construção De Uma Cadeia Sustentável

    Como já falamos aqui, em colunas anteriores, não há
    volta: o ESG veio para ficar, e o papel das empresas
    tem se tornado cada vez mais o de acompanhar
    essa demanda e trabalhar para fazer a diferença.
    Juntas, companhias e sociedade buscam encontrar
    soluções que construam um ambiente mais sustentável.
    O interesse casa com outro ponto chave do “S” do ESG:
    desenvolver uma estratégia com visão 360, combinando a
    pauta urgente da sustentabilidade com a maximização do
    retorno para os acionistas, de forma que a geração de valor
    seja completa para os stakeholders envolvidos nesse processo
    de mudança.
    Em uma visão sustentável, a Cadeia de Valor como a conhecemos
    não pode ser esquecida – todas as suas dimensões devem
    ser consideradas na estratégia, de forma que o benefício geral
    seja priorizado em detrimento do individual.
    E o que este movimento representa de forma prática?
    Um exemplo disso é o crescimento do interesse pelas embalagens
    de papel e papelão. Na corrida da bioeconomia, como
    mostra a edição deste mês, essas alternativas são expoentes dentro
    deste contexto, e agora as corporações correm para explorar
    todo o potencial desses modelos na cadeia produtiva.
    Fica claro então porque elas têm liderado a corrida de uma
    cadeia sustentável. Além de serem oriundas de uma matéria-
    -prima renovável, de árvores cultivadas com este único propósito
    (que também auxiliam na captura de carbono da atmosfera)
    ou do mercado de aparas (via reciclagem e logística reversa), sua
    matriz energética é composta em maioria por fontes renováveis
    (PCHs ou Biomassa, por exemplo).
    Quais os cuidados para promover essa mudança?
    Posto esse cenário, é importante que a companhia esteja
    apta a se adaptar para uma nova realidade, na qual este é o
    normal – e não exceção. Afinal, provocações são fundamentais,
    como por exemplo:
    • Modelo de negócio
    A atuação social deve estar vinculada ao modelo de negócio para
    ser perene. Na lógica de geração de valor, a empresa não pode se colocar
    em uma situação em que precise escolher entre o impacto social
    e os interesses dos acionistas em momentos de estresse. Quando as
    atividades estão integradas, a lógica é sempre ganha-ganha.
    • Interesse genuíno
    Os acionistas e as principais lideranças precisam estar alinhados
    e imbuídos da responsabilidade social da organização. Com
    a crescente conscientização da sociedade, movimentos pontuais
    e de greenwashing são cada vez mais facilmente identificados e
    expostos. Em caminho inverso, aquelas organizações que apresentam
    um comportamento adequado com a sua função social
    são reconhecidas e apoiadas.
    • Público-alvo
    Outro erro comum é não conseguir identificar o público-alvo
    e/ou não delimitar bem o impacto que se deseja gerar. Além dos
    stakeholders habituais, mapeados via cadeia de valor (acionistas,
    clientes, fornecedores e funcionários), há a relação com a comunidade
    do entorno que precisa ser bem trabalhada. São esses grupos
    de pessoas que ajudam a dar materialidade para a atuação da
    companhia e que precisam ser ouvidos.
    Assim, convido a todos – independente do nível de maturidade
    em que a pauta esteja na sua organização – que se engajem em
    trazer o tema para a mesa e incorporar ao Sistema de Gestão e na
    Agenda da Liderança. Somente com a inclusão de uma visão 360 na
    estratégia, de objetivos concretos no desdobramento de metas, de
    destaque para os projetos ESG e de mapeamento da materialidade
    da operação é que conseguiremos avançar enquanto sociedade para
    um ambiente de negócios mais sustentável.

    Últimas Notícias

    Com investimento de R$ 33 milhões, Valmet inaugura nova unidade industrial em Sorocaba (SP)

    A Valmet inaugura um centro de R$ 33 milhões em Sorocaba para manutenção de rolos de papel e celulose, fortalecendo sua presença na América do Sul.

    Segmento de aparas poderá enfrentar desafios para abastecer o mercado

    "Com a economia dando sinais de recuperação, se a demanda iniciar 2024 aquecida, poderemos ter falta de material mesmo com o mercado continuando a receber grandes volumes de papel de fibra virgem", aponta Pedro Vilas Boas, da Anguti Consultoria

    Nova fase de aumentos de preços das celuloses ocorre no 4T23

    A Europa e a China registram aumentos nos preços da celulose em dólar. Indícios apontam estabilidade nos EUA, indicando o fim da baixa de preços de set/2022 a ago/2023. Mercados de papéis mostram variações mistas em out/nov. No Brasil, papéis cartão estáveis, papéis miolo e kraftliner aumentam levemente, papel capa reciclada diminui.

    Branded Contents

    Instituto Senai de Tecnologia em Celulose e Papel amplia foco em sustentabilidade

    Em um cenário industrial sempre mais competitivo e de constantes transformações são cada vez mais comuns projetos que exigem a implementação de processos inovadores...

    IPEL Revoluciona Gestão de Insumos Químicos e Amplia Competitividade com Siderquímica

    Em resposta ao aumento dos custos de produção, a fabricante de papéis tissue IPEL reformulou sua gestão de insumos químicos em parceria com a Siderquímica. Resultando em redução de custos, estabilidade operacional e melhoria na qualidade dos produtos, a colaboração gerou benefícios expressivos e promete futuras inovações.

    Química Nova Brasil: Inovação e Excelência no Setor Químico Nacional

    A Química Nova Brasil (QNB) destaca-se no mercado de produtos químicos pela inovação e qualidade, fundamentada em alta tecnologia e uma equipe especializada. Com estratégias bem definidas e visão para o futuro, a empresa está posicionada para liderar e expandir sua presença na indústria.

    Compartilhar

    Newsletter

    Mantenha-se Atualizado!

    Assine nossa newsletter e receba com exclusividade novidades e notícias do setor.