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Percepções Sobre o 21.º ISWFP – Klabin Puma II e o uso do Simulador On-line de Treinamento

No final do ano passado fomos incentivados a escrever um artigo científico para submissão no 21.º International Symposium on Wood, Fiber and Pulping Chemistry (ISWFP) – 21.º Simpósio Internacional de Química da Madeira, Fibras e Polpa. O evento, realizado este ano de 04 a 07 de julho em Veneza, Itália, e organizado pela Universidade Ca’ Foscari, uma instituição que remonta a 1868 e cujo nome significa “casa Foscari”, devido ao seu proprietário Francesco Foscari (1373-1457), é de grande relevância para a pesquisa científica nas áreas de madeira, fibras e química de polpa, bem como para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis e eficientes.

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Confesso que o tema de tal artigo científico surgiu rapidamente, visto que participamos de uma das experiências de partida de fábrica mais bem-sucedidas dentro de nossos projetos, Klabin Puma II, e isso logo nos pareceu interessante de ser abordado como case de sucesso a ser compartilhado em um evento internacional de tal relevância. Assim, surgiu o trabalho Use of Online Training Simulator (OTS) as Accelerator Tool for a Pulp Mill Startup sobre o uso e os resultados do Simulador On-line de Treinamento, que usualmente mencionamos como OTS e que foi o motor para uma redução expressiva no tempo de partida da planta de cozimento e linha de fibras. Abordar o tema de simulação computacional para treinamento de operadores em um evento de extensão global nada mais é do que a confirmação de ações estratégicas assertivas e bem planejadas.

Desde 2019, a Valmet vem ampliando seus negócios relacionados à Internet Industrial e Indústria 4.0 na América do Sul. Ao longo desse período, grandes players do mercado de Celulose & Papel local puderam se beneficiar do Valmet Training Simulator para treinar e capacitar operadores de painel e área de todos os setores operacionais. Já são cerca de 500 operadores treinados, totalizando mais de mil horas de uso. Para que os ganhos do trabalho apresentado sejam mensurados e entendidos pelos leitores desta coluna, normalmente consideramos uma curva de aprendizado da operação de 20 a 30 dias e, ao final deste período, espera-se que o corpo técnico esteja familiarizado com todos os equipamentos e procedimentos necessários para que a planta esteja rodando em condições estáveis.

Dentro deste cenário, a proposta inicial do projeto foi um learning curve de 20 dias e, para que os resultados fossem atingidos com excelência, escolheu-se o OTS como ferramenta de aceleração para o aprendizado dos operadores. Do ponto de vista de assertividade, diria que a escolha foi quase óbvia, e a primeira fase do projeto partiu em apenas 10 dias, considerada um sucesso dentro das expectativas de toda a equipe do projeto. Sendo assim, nada mais natural do que replicar uma referência de sucesso na segunda etapa e, para superar ainda mais nossas expectativas, a partida da segunda linha ocorreu em apenas 10 horas, fruto da experiência obtida pela equipe de operação na primeira fase, aliada à possibilidade de simular melhorias e dificuldades vivenciadas dentro de um ambiente de simulação, onde o pensamento crítico e a liberdade de ideias são amplamente incentivados.

Essa foi a nossa primeira experiência internacional como palestrantes, e a chance de apresentar uma tecnologia com resultados tão expressivos representou uma oportunidade ímpar dentro da comunidade científica e do setor de celulose. Neste ano, o evento teve sua retomada após o período pós-pandemia e contou com a participação de diversos setores, como o industrial, representado pelos fornecedores de tecnologia, no qual a Valmet é líder e referência em sua área, além de centros de pesquisa e universidades de todo o mundo. Isso proporcionou uma troca intensa de ideias e a disseminação de pesquisas inovadoras.

Ao todo, foram apresentados 84 trabalhos orais em apresentações de 20 a 25 minutos, dos quais fizemos parte, além de 106 pôsteres distribuídos nas áreas de exibição. Dentre as nacionalidades, estiveram presentes palestrantes de praticamente todos os continentes. Tivemos contato direto com a Itália, Estados Unidos, Índia, China e Estônia, além de alguns colegas brasileiros que conheci pessoalmente durante um jantar de confraternização promovido pelos organizadores.

A ideia de participar de um ambiente que fomenta o pensamento crítico e a busca por soluções inovadoras é realmente uma experiência única. Esse intercâmbio de conhecimento e ideias orienta os esforços futuros de pesquisa, direcionando-os no sentido de abordar questões relevantes no campo da madeira, fibras e química de polpa, principalmente no que se refere a tecnologias voltadas para a sustentabilidade e o uso da Internet 4.0, temas atuais em discussão no cenário global. Destacamos, ainda, a natureza internacional do evento incentivou as interações multidisciplinares, que abrem caminho para soluções inovadoras com impacto amplo em diversas indústrias. A colaboração global e o compartilhamento de conhecimentos impulsionam o avanço científico e o desenvolvimento de soluções para desafios prementes na área em questão. Em resumo, nossa percepção sobre o 21.º Simpósio Internacional de Química da Madeira, Fibras e Polpa é que se trata de um evento de suma importância para a comunidade científica, estimulando a colaboração global, o avanço do conhecimento e o desenvolvimento de soluções inovadoras para os desafios enfrentados no âmbito do setor.

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