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Bolder reúne indústria para promover inovação em Combustíveis Sustentáveis de Aviação

Com incentivo à sustentabilidade, empresa de inovação corporativa acaba de criar um cluster com foco na construção de soluções para SAF

A Bolder, empresa de inovação corporativa focada em problemas complexos e estratégicos, anuncia o lançamento do maior programa de inovação em Combustíveis Sustentáveis de Aviação (Sustainable Aviation Fuel – SAF) do Brasil e já conta com diversos dos principais nomes da cadeia de valor para o projeto. A empresa identificou uma grande lacuna no segmento de SAF, que já recebe grandes incentivos em mercados como EUA e Europa, mas que está em estágio muito inicial no Brasil, região que pode ser o principal provedor do combustível para o mundo.

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Com atuação em grandes projetos de inovação, principalmente em energia, a Bolder mapeou inúmeras iniciativas das corporações que atuam no ecossistema de SAF, mas que, isoladamente, não conseguiriam criar saídas para essas resoluções. O programa reúne protagonistas do setor como a Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, a Galp, grupo de empresas portuguesas no setor de energia, e a Vibra, maior distribuidora de combustíveis do Brasil.

Para Hector Gusmão, CEO e cofundador da Bolder, há demanda e muita oportunidade para o mercado brasileiro neste setor. “O Brasil tem potencial para se tornar o principal país fornecedor de SAF para o mundo. Isso porque temos uma forte expertise em combustíveis renováveis, como é o caso do etanol, além de termos muita biomassa e recursos naturais disponíveis para construir esse tipo de combustível”, explica.

De acordo com Miguel Sieh, Diretor de Novos Negócios da Suzano, o programa está totalmente conectado com a estratégia da empresa. “O Open SAF está alinhado com nossa motivação de desenvolver soluções inovadoras para o avanço da Bioeconomia global a partir da oferta de uma matéria-prima de origem renovável, a celulose de eucalipto plantado. Acreditamos que a abordagem de open innovation e a colaboração entre grandes empresas do setor será um catalisador de novas ofertas para o mercado emergente de Combustíveis Sustentáveis de Aviação”, diz o executivo.

A Galp avalia que esse tipo de iniciativa contribui para o futuro do segmento. “Os Sustainable Aviation Fuels são um elemento fundamental da estratégia de descarbonização da Galp. O futuro da aviação vai depender da capacidade de, nas próximas décadas, produzirmos combustíveis de zero ou baixo carbono. Um programa como este vai permitir-nos procurar tecnologias que nos ajudem a aumentar significativamente a produção destes combustíveis”, comenta Ana Casaca, Global Head of Innovation da Galp.

Para a Vibra, a união de grandes nomes da cadeia de valor é o caminho para encontrar as soluções necessárias. “O mercado de aviação está muito atento à futura oferta de SAF e nós, como líderes no fornecimento de combustíveis de aviação neste país, estamos buscando as melhores formas de atender a essa demanda. Participar deste Cluster de Inovação em SAF com grandes empresas, como Suzano e Galp, é uma excelente oportunidade para avaliar o que está em desenvolvimento atualmente em todo o mundo, transformando em futuras ações concretas”, afirma Marcelo Bragança, vice-presidente de sourcing e logística da Vibra.

O programa, voltado à sustentabilidade, será dividido em três fases. “A primeira etapa é a que chamamos de descoberta, quando vamos reunir esse grupo de empresas e entender suas estratégias em relação ao SAF, as pesquisas que eles já fizeram e o que estão vendo como oportunidade. Já na segunda fase, a Bolder facilitará as soluções idealizadas, possibilitando acordos em conjunto com o desenvolvimento de negócios para SAF. Faremos também uma triagem global de soluções tecnológicas avançadas para conectá-las com esse mercado aqui no Brasil, facilitando a sinergia com outros países. Já na terceira e última fase, de implementação, devemos acompanhar a execução dos acordos feitos, o investimento e a parceria estratégica”, detalha Gusmão.

No Brasil, o tema tem reverberado. Em março deste ano, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei do Combustível do Futuro. Nele, consta que, a partir de 2027, as companhias aéreas serão obrigadas a reduzir suas emissões de gases do efeito estufa por meio da utilização de SAF. A redução de emissões deve começar em 1%, em 2027, e subirá gradativamente ao longo de 10 anos, chegando a 10%, em 2037. O combustível é a principal aposta para descarbonizar o setor aéreo, pois emite de 60% a 80% menos carbono do que o querosene de aviação.

Segundo dados da Rystad Energy, em 2023, foram produzidos quase 2 bilhões de litros de SAF, o triplo do ano anterior, com uma capacidade instalada de quase 4,5 bilhões de litros no início deste ano. A entrada em operação de novos projetos em 2024 e 2025, tanto nos Estados Unidos, quanto na China e Europa devem elevar a produção global em 350%. Apesar do aumento, esse volume deve representar apenas 4,2% de toda a produção de biocombustíveis globais.

Já o Brasil ainda se encontra em estágios incipientes deste mercado, com a primeira planta de SAF esperada para estar operacional em 2025, com duas outras com previsão de serem inauguradas nos semestres seguintes. Isso colocaria a capacidade de produção do país em 2 bilhões de litros de SAF ou, aproximadamente, 10% da capacidade global em 2026, valores distantes dos 43 bilhões de litros que o país produziu apenas em biocombustíveis no ano passado.

Na prática, a grande expectativa da Bolder é que este programa favoreça a definição de rotas energéticas escaláveis e o grupo seja capaz de passar por todas as etapas, desde a produção, distribuição, abastecimento e teste de voo.

Fonte: Suzano, Bolder e Vibra

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