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COP16: Carolina Alcoforado apresenta embalagens sustentáveis da Melhoramentos

Na COP16 da Biodiversidade, que ocorre em Cali, Colômbia, de 21 de outubro a 1 de novembro, a Melhoramentos se destaca como uma das representantes brasileiras no fórum empresarial “Biodiversidade: Oportunidade para Geração de Negócios Rentáveis e Sustentáveis”. A diretora de Novos Negócios e Inovação da empresa, Carolina Alcoforado, será uma das vozes de destaque no painel “Da ciência à ação: como inovar para resolver desafios ambientais no setor produtivo”, agendado para hoje, 29 de outubro. Confira a seguir uma entrevista exclusiva com a executiva, na qual ela aborda a relevância da inovação e da sustentabilidade no setor, além de compartilhar como a Melhoramentos está liderando essa transformação.

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Neste painel, Carolina compartilhará a experiência da Melhoramentos no desenvolvimento de seu inovador projeto de embalagens sustentáveis, que utiliza matéria-prima renovável (fibra de celulose) para produzir soluções voltadas inicialmente à indústria de alimentos. As embalagens se destacam por suas características únicas, como a capacidade de decomposição em até 75 dias e a flexibilidade de serem fabricadas conforme o design e as necessidades de produção dos clientes.

A Melhoramentos integra a delegação da Ibá – Indústria Brasileira de Árvores, que durante o evento realiza o lançamento a publicação “Biodiversidade: um compromisso do setor brasileiro de árvores cultivadas”. Essa publicação apresenta 23 exemplos concretos de ações das associadas que estão alinhadas aos compromissos do Marco Global de Kunming-Montreal. Confira aqui.

Quais são os principais diferenciais das embalagens feitas a partir de fibra de celulose em comparação com os plásticos de uso único e como elas contribuem para a sustentabilidade ambiental?
Carolina – Com a produção de embalagens sustentáveis à base de matérias-primas renováveis e compostáveis, a Melhoramentos busca oferecer ao mercado uma solução para substituição ao plástico de uso único por um preço competitivo. Essa embalagem permite diversas aplicações e, inicialmente, a empresa tem como foco atender o setor de alimentos que necessita de uma embalagem resistente a altas temperaturas e com resistência a água e óleo também.

A embalagem se decompõe em até 75 dias e é produzida de acordo com o design e as necessidades de produção da linha do cliente. Além do compromisso ambiental, a Melhoramentos destaca essa produção como um diferencial estratégico. A fábrica no Brasil garante um abastecimento seguro e ágil para os grandes players do mercado nacional, fortalecendo a cadeia produtiva e oferecendo soluções rápidas e eficientes.

De que forma a nova fábrica da Melhoramentos em Camanducaia impulsionará a produção de embalagens sustentáveis e como a empresa está se preparando para atender à crescente demanda do mercado por esse tipo de produto?
Carolina – A fábrica de embalagens sustentáveis da Melhoramentos inicia a produção no início de 2025. Com capacidade inicial de produção de 60 milhões de embalagens anuais, a nova fábrica está localizada em Camanducaia, Sul de Minas Gerais, onde a Melhoramentos opera há mais de 80 anos. É uma nova unidade de negócios da empresa, portanto será a primeira fábrica da Melhoramentos para produção de embalagens sustentáveis em larga escala, fruto de um trabalho de pesquisa, desenvolvimento e parcerias de três anos.

A Melhoramentos é a única a produzir embalagens feitas a partir de matéria-prima renovável (fibra de celulose) de alta performance em larga escala no Brasil com as características técnicas que permitem aplicação do produto desde o congelador até temperaturas de 220 graus em forno convencional, de acordo com o design e as necessidades de produção da linha do cliente. A empresa está investindo cerca de R$ 40 milhões na nova fábrica e no desenvolvimento do novo produto. A maior parte do valor é financiada pelo FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o que confirma o perfil inovador do projeto.

A linha de produção envolve duas características essenciais, que são os diferenciais desse produto: no processo de produção, é adicionada uma tecnologia de barreira patenteada, o que torna a embalagem resistente à água e ao óleo e a altas temperaturas; e a pasta de fibra de celulose é prensada em moldes de acordo com a necessidade e design de cada cliente.

Quais as expectativas da Melhoramentos ao promover inovação e soluções sustentáveis na COP16, e como a empresa vê o avanço e a importância das políticas de banimento ao plástico de uso único?
Carolina – Em nosso reposicionamento estratégico, desenhado em 2020, definimos de um lado, capturar o máximo potencial dos negócios atuais e, de outro, diversificar e ampliar os nossos negócios por meio de novos produtos e serviços inovadores adjacentes. Uma dessas frentes envolve ampliar nosso negócio de produtos de base florestal, trazendo diversificação, inovação e sustentabilidade. Temos estudos em andamento que preveem o uso da fibra de celulose não só em substituição ao plástico, mas com outras finalidades e em segmentos como a construção civil e a mineração.

Trata-se de uma matéria-prima muito versátil e com grande potencial. O uso de materiais renováveis em substituição ao plástico de uso único contribui para a meta 7 (Poluição e poluentes) do Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal.

Entendemos que a transição para reduzir o plástico de uso único exige uma abordagem multifacetada, que inclui desde a educação do consumidor, passando pelo desenvolvimento de tecnologias inovadoras até a cooperação entre governos, indústrias e comunidades. Por isso, a importância de discutir o tema em fórum como estes.

Como a participação da Melhoramentos na COP16, especialmente no painel sobre desafios ambientais, pode influenciar as tendências globais no desenvolvimento de embalagens sustentáveis e a conscientização sobre o impacto positivo das soluções de base florestal?
Carolina – Entendemos que é nosso papel como empresa atuar na integração de soluções inovadoras e ambientalmente responsáveis, a partir de negócios sustentáveis que priorizam a preservação da biodiversidade. A sociedade e, por consequência, o setor industrial enfrentam atualmente os maiores desafios ambientais globais. Superar esses desafios requer uma abordagem colaborativa, envolvendo governos, iniciativa privada, sociedade civil e consumidores.

Acreditamos que a transição para práticas mais sustentáveis, a inovação em processos e o investimento em tecnologias limpas são fundamentais para responder às demandas da sociedade e do meio ambiente. Ao mesmo tempo que a produção em grande escala de embalagens feitas a partir de fibra de celulose atende necessidades ambientais de produtos com menor emissão de gases de efeito estufa e geram menos resíduos, elas também atendem o perfil de um consumidor que busca praticidade, qualidade e segurança no consumo de alimentos.

Como as embalagens sustentáveis da Melhoramentos atendem às necessidades da indústria de alimentos, considerando os desafios relacionados à decomposição, resistência a temperaturas extremas e durabilidade?
Carolina – Essa embalagem permite diversas aplicações e, inicialmente, temos como foco atender o setor de alimentos. Conforme já citado anteriormente, essas embalagens são projetadas para resistir à gordura, umidade e temperaturas extremas, podendo ser usadas do freezer ao forno convencional a 220 graus, atendendo às especificidades desse setor e substituindo com eficiência o plástico de uso único.

Embalagens sustentáveis, da Melhoramentos de fibra de celulose, vão do freezer ao forno e se decompõem na natureza em até 75 dias | Fotos: Divulgação

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