POR HANS-JURGEN KLEINE
Quem hoje atua em nosso setor produtivo de celulose
e papel sabe que ele experimentou uma
fantástica evolução. Em apenas cinco décadas,
nosso País, que era importador de celulose,
transformou-se no maior exportador mundial desta commodity.
O feito é ainda mais excepcional pelo fato de se tratar de
celulose de eucalipto, uma fibra totalmente desconhecida no
mercado internacional até a década de 1970.
Nesse curto espaço de tempo, nossa celulose saiu do
anonimato para ser um enorme sucesso comercial. Tanto
que está provocando inclusive o fechamento de fábricas
menos competitivas nos países tradicionais do Hemisfério
Norte, devido à boa qualidade e ao baixo custo de
produção. Este artigo destaca o papel desempenhado pela
empresa norueguesa Borregaard, que durante sua breve
permanência no Brasil, entre 1963 e 1975, implantou uma
fábrica de celulose em Guaíba-RS, que revolucionou nosso
setor de celulose e papel.
Ela foi pioneira em produzir celulose solúvel na América
Latina e continua sendo a única a produzir esse tipo de celulose
em digestor contínuo. Foi também a primeira a usar
medidores contínuos das emanações de suas chaminés. Porém,
acima de tudo, esta empresa representou o primeiro
projeto greenfield de grande porte no Hemisfério Sul e também
a primeira empresa que introduziu a celulose brasileira
na Europa. O mérito de ser a primeira empresa do mundo
a fabricar celulose de eucalipto foi da Suzano, na década de
1950, sendo logo imitada por outras empresas que operavam
no mercado interno e latino-americano.
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