Destaque entre as cadeias produtivas que têm a reciclagem incorporada ao seu processo fabril, a indústria de papel apresenta uma estrutura bem estabelecida, que reúne aparistas, cooperativas e catadores como elos participantes. Em atendimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei n.º 12.305/10, que
institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos na logística reversa dos mesmos e embalagens pós-consumo, os fabricantes de papel e papelão consolidam uma contribuição relevante a partir de práticas que já exercem há bastante tempo.
De acordo com dados da Central de Custódia da Logística Reversa de Embalagens, principal verificador independente de resultados do Brasil, estima-se que os sistemas de logística reversa de embalagens pós-consumo recuperaram e encaminharam para reciclagem aproximadamente 1 milhão de toneladas de papel e papelão nos últimos três anos. Quando se leva em consideração a recuperação realizada de todas as origens pós-indústria e pós-consumo, esse número sobe para 4 milhões de toneladas por ano.
A emergência climática global, contudo, demanda uma mobilização conjunta cada vez mais
fortalecida. Recentemente, conforme estabelecido pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos Planares), o Governo Federal aumentou a meta de recuperação e reciclagem de embalagens a no mínimo 30%.
Rafael Filgueira, engenheiro ambiental que assumiu o cargo de coordenador de Logística Reversa da Empapel no início deste ano, avalia que as entidades setoriais são cada vez mais necessárias para a representação das empresas frente às pautas e tomadas de decisões das políticas públicas.
Na entrevista disponível no link, ele detalha como o tema vem avançando a partir do trabalho encabeçado pela Empapel com os stakeholders da cadeia de reciclagem, com o objetivo de identificar gargalos e alavancar sinergias em prol das soluções benéficas ao setor e à sociedade, rumo à economia de baixo carbono.
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