A demanda global por celulose manteve-se aquecidano primeiro trimestre deste ano, criando um ambiente favorável para o anúnciode um novo aumento de preço para todas as regiões a partir de abril. Aliada àvalorização de 13% do dólar médio frente ao real no período, a melhora no preçoda celulose possibilitou que o preço médio líquido da celulose em reais tivesseuma alta de 14%. Tais fundamentos contribuíram para que a Fibria, empresabrasileira de base florestal e líder mundial na produção de celulose deeucalipto, encerrasse o primeiro trimestre de 2015 com um dos melhoresresultados operacionais da sua história.
“Durante oprimeiro trimestre do ano, entregamos resultados importantes, com Ebitda emargem recordes, e aumento significativo do fluxo de caixa livre. Pelacaracterística exportadora da companhia, com receita em dólar e custosmajoritariamente em reais, a empresa está se beneficiando de um câmbio maisdesvalorizado e de um preço da celulose que reflete o balanceamento do mercadointernacional”, afirma o presidente da Fibria, Marcelo Castelli.
Notrimestre, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações eamortizações) ajustado chegou ao recorde de R$ 1 bilhão, com crescimento de 48%na comparação com o mesmo período de 2014 e de 11% em relação ao quartotrimestre do ano passado. A margem Ebitda também foi recorde, alcançando 50%,cinco pontos percentuais a mais do que no último trimestre e 9 pontos acima domesmo período do ano passado. A geração de fluxo de caixa livre foi de R$ 373milhões no trimestre, acumulando nos últimos doze meses R$ 1 bilhão. A receitalíquida da companhia atingiu R$ 1,997 bilhão, representando um aumento de 22%quando comparada a igual período de 2014 e estável frente ao trimestreanterior, mesmo com queda de 13% nas vendas em função da sazonalidade do setor.
A Fibriaproduziu neste trimestre 1,291 milhão de toneladas de celulose, 1% superior emrelação ao mesmo período do ano passado, proporcionado pela maior eficiênciaoperacional de suas fábricas. As vendas somaram 1,229 milhão de toneladas, 3% amais na comparação com o primeiro trimestre de 2014, com o estoque de celuloseencerrando março em 52 dias. Nos últimos doze meses, as vendas da companhiacorrespondem a 101% da produção no mesmo período.
A dívidabruta da empresa encerrou março em US$ 2,915 bilhões, 22% inferior a igualtrimestre de 2014 e 7% menor ao montante reportado no fim do ano passado. Adívida líquida em dólar atingiu seu menor nível desde a criação da Fibria,somando US$ 2,803 bilhões, uma queda de 9% na comparação com primeiro trimestrede 2014. Tal queda, associada ao aumento do Ebitda, resultou na redução daalavancagem, medida pela relação Dívida Líquida/Ebitda, para 2,3 vezes, emdólar, o menor patamar histórico da companhia.
Como aFibria é uma empresa de natureza exportadora e detém mais de 90% da dívidacontratada em dólar, qualquer movimento de desvalorização do real provoca umaumento no saldo da dívida quando da conversão da mesma para reais. Com isso, avalorização da moeda norte-americana no trimestre impactou o resultado financeiroda companhia, que encerrou o trimestre com prejuízo contábil, sem efeito caixa,de R$ 566 milhões. Excluindo os efeitos da variação cambial, o resultadolíquido do trimestre teria sido um lucro de R$ 513 milhões.
Fonte: Fibria