Com receita bruta de R$ 60 bilhões em 2013, representando 6% do Produto Interno Bruto (PIB) Industrial e exportações que somaram US$ 8 bilhões, o equivalente a 3% das exportações brasileiras, o setor de árvores plantadas já confirmou sua solidez para a economia nacional. Mas faltava ainda uma voz que o representasse com a mesma potência.
Por este motivo e com o objetivo de criar um novo setor econômico-industrial, 70 empresas se juntaram para criar a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), que buscará ampliar a competitividade dos produtos originários dos cultivos de eucalipto e pinus e demais espécies plantadas para fins industriais, tendo como principal vetor de produção e desenvolvimento econômico, ambiental e social, as árvores plantadas.
Em anúncio oficial para a imprensa realizado no dia 29 de abril último, a Ibá passa a representar as empresas que participavam da Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira (Abipa), da Associação Brasileira da Indústria de Piso Laminado de Alta Resistência (Abiplar), da Associação Brasileira dos Produtores de Florestas Plantadas (ABRAF) e da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), com sede em Brasília e escritório em São Paulo, justificado pela maior proximidade com as decisões governamentais.
“A consequência natural era buscarmos mais sinergia e um trabalho institucional mais intenso, por meio de um único interlocutor. Foram dois anos de debates até o surgimento da Ibá”, diz Carlos Augusto Lira Aguiar, presidente do Conselho Deliberativo da nova associação.
Para Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Ibá ao dar mais relevância à base florestal, a entidade buscará tornar o Brasil a principal referência mundial em árvores plantadas. Esses plantios terão cada vez mais relevância por conta do crescimento da população mundial que, em 2050, chegará a 9 bilhões de pessoas, e na substituição de materiais fósseis por produtos renováveis e recicláveis.
AGENDA
Na pauta de negociação da entidade entre outros itens, destacam-se:
– Manter a desoneração da Folha de Pagamentos após dezembro de 2014- Reduzir a carga fiscal dos investimentos- Compensar resíduos tributários na exportação – Reintegra- Ampliar o debate sobre a infraestrutura nacional- Combater a concorrência desleal, especialmente em relação ao desvio de finalidade de papel imune e aos pisos laminados- Ampliar o debate sobre a aquisição de terras por empresas de capital estrangeiro- Ampliar as negociações de crédito de carbono florestal, no Brasil e em fóruns internacionais.- Debater o plantio de árvores geneticamente modificadasIndústria Brasileira de Árvores (Ibá)
Fonte: adaptado de Comunicação Corporativa Ibá