O Ciclo Da Desconfiança E A Importância Das Lideranças

    A Edelman, uma das maiores agências de comunicação
    e de relações públicas do mundo realiza, desde
    2001, uma pesquisa denominada Trust Barometer –
    Estudo de Confiança Edelman, sobre confiança e
    credibilidade nas instituições de quatro segmentos:
    empresas, governo, ONGs e mídia.
    Uma vez por ano, eles conversam on-line com cerca de 28 mil
    pessoas de todas as classes e idades em 28 países e, em 2022, a
    conversa teve duração de 30 minutos. No Brasil, aconteceu em
    novembro de 2021 e 1.150 pessoas foram ouvidas.
    Os resultados apurados relatam um colapso da confiança em
    países democráticos. O índice de pessimismo aumentou drasticamente
    no mundo, enquanto aqui no Brasil o otimismo atinge índice
    de 73% e revela a confiança dos brasileiros de que eles e/ou suas
    famílias estarão em situação melhor nos próximos cinco anos.
    Segundo a pesquisa realizada, para as pessoas, o Governo e a
    Mídia não são vistos como capazes de solucionar os problemas da
    sociedade, já as Empresas e ONGS são. A queda na confiança traz
    como resultado o aumento do medo em relação ao futuro e, no
    Brasil, o medo do desemprego é o que chama mais a atenção.
    Dentro da crise da confiança aparece a crise das Lideranças, em
    que os únicos considerados confiáveis são o CEO da empresa em que
    trabalho, meus colegas de trabalho e cientistas (acredita-se que muito
    disso por influência da pandemia), provando que a comunicação é a
    forma mais importante de lapidar a relação baseada em confiança.
    Ao mesmo tempo, 73% das pessoas entrevistadas acreditam
    que os líderes (nas empresas) mentem deliberadamente, sendo que
    sete em cada dez brasileiros dizem que a sua tendência natural é
    desconfiar de algo até ter evidências confiáveis, e 76% acreditam
    que somos incapazes de manter um diálogo saudável sobre questões
    que discordamos.
    Ainda sobre a pesquisa (link disponível no final da reportagem),
    todos os stakeholders cobram responsabilidades das empresas, 63%
    dos brasileiros compram ou defendem marcas com base em seus
    valores e crenças, 58% escolhem um lugar para trabalhar com
    base em seus valores e crenças e 60% investem com base em seus
    valores e crenças.
    As organizações passam a ter cada vez mais responsabilidades
    e, por consequência lógica, suas lideranças. É esperado que uma
    organização, no mínimo, apoie as soluções de questões de cunho
    social e que as lideranças passem credibilidade por meio de uma
    comunicação clara, consistente e baseada em fatos. 80% dos brasileiros
    esperam que os CEOs devam discutir e influenciar conversas
    sobre assuntos referentes ao ambiente dos negócios e em desafios
    sociais, não sendo necessário apoio e envolvimento político.
    As empresas hoje são as fontes de informação mais confiáveis e
    são vistas como forças estabilizadoras da sociedade, necessitando
    reconhecer que seu papel social veio para ficar. Como tudo isso
    afeta você?
    Toda liderança é parte da organização pela qual responde, portanto,
    do CEO/Diretoria ao Líder de chão de fábrica, todos são
    convidados para assumir o papel de influenciador e tomador de
    decisão. A liderança, a cada dia que passa, tem deixado de ser um
    lugar ocupado por qualquer um e a pessoa que se senta nessa cadeira
    precisa ser competente e responsável por toda e qualquer atitude
    tomada, principalmente no que diz respeito a pessoas.
    Não é possível ser um líder, ter um time e nunca ter feito um
    trabalho sequer de pausa para olhar para si mesmo, a fim de perceber
    como o seu jeito de ser, de pensar e de agir afeta o seu time e
    sociedade nos quais está inserido.
    Todo grande presente traz consigo uma responsabilidade e não
    estar preparado para liderar pode trazer grandes prejuízos para as
    empresas, assim como para quem é liderado.
    Relações abusivas, profissionais descompromissados com a verdade,
    sem posicionamento, incapazes de tomar decisões rápidas,
    de criar alternativas, de lidar com imprevistos, em um curto prazo
    serão casos isolados; assim tanto empresa como colaboradores são
    convidados a investir mais e mais em atualização e capacitação.
    Liderar exige que saiamos do amadorismo para enxergar liderados
    e sociedade como algo muito maior e conectado. Se você lidera,
    mas não tem clareza da intencionalidade e das consequências das
    suas ações, você não o faz. Você está líder, você não é líder.
    Nota: acesse a pesquisa disponível em: https://www.edelman.
    com.br/edelman-trust-barometer-2022. Acesso em: jul. 2022. 

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