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Suzano reforça relevância da celulose de fibra curta

Executivos da companhia destacaram as oportunidades do mercado durante o Suzano Investor Day

Durante o Suzano Investor Day, promovido pela Suzano hoje, 27/10, o time de alta gestão da companhia destacou a mensagem que o futuro do setor está na celulose de fibra curta, enfatizando a assertividade na diversificação de seus negócios a partir da matéria-prima para os resultados obtidos que moldaram a estrutura atual da empresa.

Notícia continua após o anúncio

Atuando nos vários segmentos e, agora, com maior ênfase no mercado de bens de consumo, os executivos apontaram ainda para o ganho de competitividade a partir do fechamento de plantas de fibra longa ao redor do globo, com a saída de 1,4 milhão de toneladas do mercado, além de outras plantas de celulose que estão inativas, totalizando cerca de 3 milhões de toneladas fora do mercado.

Além das condições vantajosas das plantações de eucalipto frente às demais fibras, a fibra curta tem demonstrado propriedade superior para produtos com celulose fluff, por exemplo.

E é saindo de uma produção de 100 mil toneladas atuais de celulose fluff, que a empresa anunciou seu fortalecimento nesse mercado, onde a empresa destinará R$ 490 milhões para ampliar a oferta, elevando a capacidade nominal de produção para 440 mil toneladas por ano. O investimento será feito na Unidade Limeira (SP), a partir da conversão de uma máquina na unidade, para uma produção híbrida.

Schalka observou que, embora o volume atual seja modesto para uma empresa do porte da Suzano, ele é “escalável”, pontuando que a celulose de eucalipto tem potencial para aumentar sua participação de mercado para 30% a 40%, apesar de um mercado tradicionalmente abastecido pela fibra longa de pinus.

Leonardo Grimaldi, diretor comercial de celulose e de gestão e gente da Suzano, demonstrou a dinâmica do mercado sinalizando essa oportunidade. Ele afirmou que o mercado global de celulose fluff tem a possibilidade de alcançar 7,8 milhões de toneladas até 2027, representando um crescimento anual de 4,2% em relação aos 6,4 milhões de toneladas registrados em 2022. “Além disso, o mercado conta com apenas três fornecedores, localizados na América do Norte, que atendem cerca de 80% do mercado global e 48% da demanda concentrada na Ásia”, enfatizou.

Para o presidente da companhia, a competitividade da Suzano na produção de papéis sanitários e de celulose fluff e o crescimento desses mercados no longo prazo, fruto da mudança nos hábitos de consumo, fundamentam a estratégia de fortalecimento da presença da companhia nesses segmentos. “Somos líderes no mercado brasileiro de papéis higiênicos e pioneiros na produção de celulose fluff a partir do eucalipto, por isso precisamos estar sempre prontos para atender nossos clientes”, afirmou Schalka.

A fala faz referência ao anúncio do investimento total de R$ 1,66 bilhão, quando serão investidos, além da ampliação da oferta de celulose fluff, mais R$ 650 milhões na construção de uma fábrica de papel tissue a ser instalada no município de Aracruz-ES, com produção de 60 mil toneladas por ano e outros R$ 520 milhões na substituição de uma caldeira de biomassa.

A questão da madeira para a Suzano

Até 2024, a Suzano planeja alcançar 1,7 milhões de hectares de eucalipto plantados, conforme o diretor florestal, logística e suprimentos da Suzano, Carlos Aníbal. Trata-se de um adicional de 300 mil hectares para a companhia.

Para enfrentar a pressão dos custos, pensando em dirimir o impacto da alta de preços da madeira, que representa um etapa do processo responsável por mais de 40% do custo total de produção, Aníbal informou que a companhia tem investido na aquisição de terras e, com isso, buscando reduzir os intermediários no processo.

A companhia trabalha também para diminuir o raio médio de suas florestas às plantas, tendo como referencial o projeto Cerrado, que terá a distância de apenas 65 km, entre elas. A meta é alcançar para as demais unidades o raio médio de 150 km.

Schalka afirmou que indicadores como inflação, custos de preços e preços da madeira são cruciais para determinar o desempenho das empresas do setor, mas, neste caso, a companhia garante seu abastecimento para os projetos anunciados.

Resultados do 3T23

O período foi beneficiado por nova queda do custo caixa de produção para R$ 861 por tonelada, em meio a um cenário ainda marcado pelos menores preços da celulose no mercado global. Com isso, reportou EBITDA ajustado de R$ 3,7 bilhões e geração de caixa operacional de R$ 1,9 bilhão. A comercialização de celulose totalizou 2,5 milhões de toneladas e as vendas de papéis atingiram 331 mil toneladas. A receita líquida do período somou R$ 8,9 bilhões e, por fim, a companhia registrou resultado líquido negativo de R$ 729 milhões, em decorrência do efeito da desvalorização cambial que impactou a parcela da dívida em dólar e derivativos.

“Mesmo em um cenário adverso, performamos muito bem. A operação e os custos fixos foram menores, onde concentramos um dos maiores CAPEX da nossa história. Estamos preparados para o futuro, que será muito melhor para o novo ciclo de investimentos. No setor de bens de consumo, reafirmamos nossa posição e, surpreendentemente, o segmento de imprimir e escrever está indo bem, assim como a celulose fluff, contradizendo as tendências. Trabalharemos ainda mais a operação e a alocação de capital no futuro. Além disso, estamos focados em atrair, desenvolver e reter pessoas, investindo na cultura da nossa organização”, disse o presidente da Suzano, ao resumir o desempenho e perspectivas para a trajetória da empresa.

Sobre a retomada dos preços do mercado, Schalka disse que o cenário é favorável para a companhia, uma vez que os estoques estão baixos na Europa e já reduziram na China, indicando que não vê influência para a companhia de algum fator geopolítico interferindo no curto prazo.

Grimaldi afirmou durante sua apresentação que a companhia tem observado as encomendas de papel se recuperando na Europa e na China. “Essa, inclusive, tem divulgado dois dígitos de crescimento sobre um ano antes em produção de papel”, afirmou.

Isso favorece, inclusive, a entrada do Projeto Cerrado, em Ribas do Rio Pardo, que teve seu startup adiantado e permitirá à companhia disponibilizar 700 mil toneladas de celulose ainda no quarto trimestre do próximo ano.

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