A Suzano apresentou os resultados financeiros e de desempenho do ano e do quarto trimestre, ontem, ao mercado. A companhia destacou que ano de 2023 foi positivo para a companhia que segue constante no avanço de sua estratégia. Destacou como o primeiro trimestre o período de maior desafio, marcado pela queda da celulose, mas compensado pelo mercado na segunda metade do ano.
Para dar suporte a este período, a empresa efetuou uma sequência de aumentos de preço que resultou numa elevação do EBITDA ajustado no 4T23. Outros pontos importantes foram o custo caixa do período que obteve redução de 13% e fechou o ano a um patamar de R$ 816 por tonelada no último trimestre, além do desempenho da unidade de negócios de papel, superando novamente R$ 3 bilhões no período de um ano, beneficiado também pelo efeito da aquisição do negócio de tissue da Kimberly Clark.
Como resultado, a companhia totalizou uma geração de caixa operacional de R$ 11,6 bilhões em 2023. A receita líquida somou R$ 39,8 bilhões e o EBITDA ajustado totalizou R$ 18,3 bilhões. Na última linha do balanço, a empresa registrou resultado líquido positivo de R$ 14,1 bilhões.
A comercialização de celulose, insumo utilizado na fabricação de produtos sanitários e absorventes, papéis para imprimir e escrever, embalagens e papéis especiais, desenvolvidos a partir do cultivo do eucalipto, movimentou 10,2 milhões de toneladas. As vendas de papéis, por sua vez, totalizaram 1,3 milhão de toneladas. As vendas de celulose cresceram 11% na base trimestral, enquanto as de papel cresceram 17%.
“Nosso ciclo de investimentos, que inclui o maior desembolso anual da nossa história, em 2023, totalizou mais de R$ 50 bilhões entre 2019 e 2023, e investiremos mais R$ 16,5 bilhões em 2024. Paralelamente, mantivemos uma sólida geração de caixa e conseguimos preservar nossa dívida líquida no saudável patamar de US$ 11,5 bilhões, refletindo nosso compromisso com o crescimento estratégico e a disciplina financeira”, afirma Walter Schalka, presidente da Suzano. “Atravessamos um cenário desafiador em 2023 e nossos resultados mostram a resiliência da companhia na geração de valor aos nossos stakeholders. Com a entrada em operação do Projeto Cerrado, nossa competitividade estrutural será ainda mais robusta nos próximos anos”, completa o executivo.
Próximos passos da Suzano
Para este ano, a empresa afirmou que continuará a avançar nas principais avenidas de sua proposta estratégica, como manter a relevância em celulose, via bons projetos e ser best in-class na visão de custo total de celulose. Nesse aspecto, vale dizer que o cronograma físico do Projeto Cerrado continua dentro do esperado e atingiu 86%, enquanto o progresso financeiro ficou em 78%. A empresa tem expectativa de que o início de suas operações ocorra até junho de 2024, conforme divulgado anteriormente.
Por fim, a companhia reforçou os investimentos divulgados no trimestre anterior, que envolveu a aquisição de 70 mil hectares de terras no estado do Mato Grosso do Sul, na região de abrangência das operações da Suzano, dos quais 50 mil hectares são úteis, tendo em parte delas plantios de eucalipto em idades variadas. O preço de aquisição foi de R$ 1.826 milhões a ser pago à vista na data do fechamento da operação (estimada para ocorrer em 2024). A transação está alinhada a sua estratégia de criar opcionalidade em seu negócio e ampliar a sua autossuficiência no suprimento de madeira no longo prazo.
Fonte: Suzano