Adequação Da Embalagem Ao Palete 1000X1200

    Como complementação do artigo anterior, mas com foco no 
    espaço disponível para o transporte e movimentação das 
    unidades de carga (um palete com as caixas sobrepostas, 
    por exemplo), vamos exemplificar uma situação em que a superfície 
    do palete é “totalmente” aproveitada em virtude da adequação 
    dimensional da embalagem (ou não é totalmente aproveitada em 
    virtude da inadequação dimensional da embalagem). 
     Fizemos a introdução acima porque há uma relação estreita entre o que dissemos nos parágrafos finais do artigo e a 
    superfície do palete, cujas dimensões 1000×1200, determinam 
    as dimensões, Comprimento e Largura, das embalagens. Falá-
    vamos das embalagens hortifrutícolas que se tornaram modulares por haver uma embalagem, aquela de maiores dimensões 
    na base, determinando as dimensões de outras embalagens menores que lhe são sobrepostas.
    Para o setor hortifrutícola, referido acima, uma padroniza-
    ção dimensional já existe, e até mesmo uma adequação entre 
    embalagens plásticas e de papelão ondulado também já foi estudada e definida no âmbito do CEAGESP/SP. Ou seja, como o 
    dimensional “modular” já é uma realidade (e começou com as 
    embalagens para hortifruticolas), o CEAGESP procurou reunir 
    fabricantes de embalagens de papelão ondulado e fabricantes 
    de embalagens fabricadas com outros materiais para que houvesse uma padronização e harmonização, entendendo como tal 
    a possibilidade de outras embalagens, não de papelão ondulado, serem empilhadas num mesmo palete juntamente com embalagens de papelão ondulado. Para tal, o dimensional levava 
    em conta serem as embalagens modulares e que possibilitassem 
    travamento entre elas (o que já era praticado nas embalagens de 
    papelão ondulado). O estudo foi concluído e coordenado pela 
    Associação Brasileira dos Fabricantes de Embalagens (ABRE).
     Produtos outros, que não hortifrutícolas, carecem de um 
    estudo semelhante. Conforme já comentamos no artigo anterior, 
    tentar dimensionar embalagens para produtos como bebidas, 
    margarinas, óleos e outros, envasados em embalagens primárias, 
    que podem ser de vidro, plástico, cartão ou outros materiais, trariam vantagens significativas: econômicas e logísticas.
    Independentemente, porém, do aspecto modular, do qual tratamos
    em vários artigos e, inclusive, no artigo anterior, o projetista da embala
    gem deveria pensar numa adequação da embalagem ao palete padrão
    (1000×1200), tanto na movimentação interna nas fábricas, quanto no
    transporte para a distribuição de produtos no mercado. Verifica-se
    num grande volume de unidades de carga compostas por embalagens
    de papelão ondulado, um não aproveitamento total do espaço (super
    fície do palete) decorrente das dimensões externas da embalagem que
    não permitem um arranjo, por camada, que cubra toda a superfície
    do palete; há vazios que mostram uma perda que normalmente não é
    quantificada, daí não ser equacionada em termos de custos e, possivel
    mente por isso, ignorada pelo fabricante do produto.
    Um exercício pode nos ajudar: Vamos especificar, melhor di
    zendo, dimensionar, uma embalagem para 12 garrafas:
    Diâmetro: 75 mm
    Altura : 285 mm
    Arranjo = 4x3x1
    Com divisão separando as garrafas (código 0933)*
    Caixa código 0201*
    PO = 4 mm de espessura
    Dimensões externas = 320x240x300
    Espaço ocupado por camada: 1200×960 – (5×240)x(3×320)
    *códigos da classificação ABNT
    Podemos considerar ótimo o aproveitamento do palete. Entretanto,
    há garrafas mais altas e diâmetro menor (ou mais baixas e diâmetro
    maior), ou, até mesmo com uma forma não cilíndrica. Teríamos o
    mesmo aproveitamento quanto a preencher a superfície do palete?
    O que aconteceria se o projetista levasse em conta, no início do
    desenvolvimento, as dimensões da embalagem de transporte e to
    masse isso como referência para dimensionar a embalagem primária
    que está desenvolvendo? A resposta seria um melhor aproveitamen
    to dos espaços disponíveis: na paletização, no armazenamento, no
    transporte e com reflexos no custo final de todo o processo.
    Bem, muitas variáveis a serem consideradas existem. Projetistas
    de embalagens primárias podem considerar e tomar como acei
    táveis as observações que fizemos ao selecionar a embalagem de
    papelão ondulado como sua embalagem de transporte.

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