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Anna Maria Guimarães: uma história de empoderamento feminino na liderança

Executiva impulsiona a equidade de gênero na liderança corporativa e compartilha sua trajetória de sucesso e superação

Há seis anos, Anna Maria Guimarães preside o conselho do 30% Club Brasil, uma iniciativa global sem fins lucrativos, que tem como objetivo a paridade de gênero nos Conselhos de Administração das 100 maiores Companhias do Mercado de Capitais dos países membros do G20, incentivando o empoderamento feminino.

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Quando Anna assumiu o cargo, as mulheres ocupavam apenas 8,5% das cadeiras nos conselhos das 100 maiores companhias do mercado de capitais. Hoje, esse número mais do que dobrou, chegando a 21%, mas com a meta de alcançar os 30% até 2026.

Antes do convite para assumir a Presidência da 30% Club Brasil, Anna teve uma trajetória de muito estudo, foco e empenho. Graduou-se em Arquitetura e, assim que se formou, recebeu uma bolsa para o curso de especialização em Centrais Nucleares Brasileiras no Instituto Brasileiro da Qualidade Nuclear (IBQN), época em que ingressou na indústria como engenheira de Qualidade.

Paralelamente, casou-se, uma união que hoje já completa 40 anos, e teve um casal de filhos. Essencial para equilibrar a carreira, estudos e a vida pessoal, Anna compartilha que sempre pôde contar com uma forte rede de apoio: seu marido, família e superiores, que sempre a incentivaram a seguir seus sonhos.

Com o objetivo de aprimorar ainda mais seus conhecimentos, ingressou no mestrado de Engenharia em uma das universidades públicas mais concorridas do País, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Assim que concluiu o mestrado em 1997, Anna entrou para o MBA Executivo Internacional da Faculdade de Administração, Economia e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Vanderbilt University (EUA).

Contudo, foi no chão de fábrica, como gerente industrial e posteriormente gerente de planta, que aprimorou suas habilidades de liderança. “Sempre trabalhei em um ambiente predominantemente masculino, mas nunca perdi minha postura feminina. Ser mulher me fez ter um olhar diferenciado e atento para as pessoas e isso, por exemplo, remeteu a atitudes práticas, como a de manter a porta da minha sala sempre aberta para receber e ouvir os funcionários. Além disso, valorizava as conquistas da minha equipe oferecendo contrapartidas toda vez que atingíamos uma meta.

Então, em 2000, Anna ingressou como COO (Chief Operating Officer), posteriormente CEO (Chief Executive Officer), América Latina da Solving EFESO, uma startup local da EFESO, desenvolvendo novos setores para a expertise da multinacional, como embalagens, celulose e papel em grandes players como a Klabin, transformando, em três anos, o que era uma startup, no 3º negócio mais relevante para a EFESO no mundo.

Oito anos depois, ainda no cargo de CEO, trabalhou na área de Energia e Sustentabilidade da KEMA América Latina. Em 2012, ingressou como membro do Conselho de Administração e Comitê de Gestão de Riscos no Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e, em 2015, tornou-se Head do Programa Avançado para Mulheres (ABP-W) da Saint Paul Escola de Negócios, além de presidir o Conselho de Supervisão da Viver Incorporadora até 2021.

A executiva nunca interrompeu seus estudos; em paralelo, no ano de 2018 participou do Programa de Educação Executiva, Liderança Feminina e Governança Corporativa da UCLA Anderson School of Management (Los Angeles, EUA), promovido pelo Banco Santander.

Na carreira, foi membro dos conselhos do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), TIM S.A, Fundação Usiminas, TIM Brasil e permanece até hoje nos conselhos da Fundação São Francisco Xavier e 30% Club Brasil.

Anna sempre fez questão de auxiliar outras mulheres em suas carreiras, defendendo a equidade de gênero como voluntária não apenas no 30% Club Brasil, mas em instituições como o Professional Women’s Network de Lisboa (PWN) e Women on Board Project da ONG BPW – Business Professional Women de Bruxelas.

“Nos conselhos em que participei, era sempre a única mulher, infelizmente. Então, quer dizer, além de fazer a lição de casa, eu tinha que ter uma estratégia de como me posicionar para, como minoria, conseguir expor minha visão e minhas propostas”, observou a executiva. E para as mulheres que estão iniciando suas carreiras, Anna dá algumas dicas: “O primeiro conselho que deixo é a importância do estudo; procure sempre estar entre os melhores alunos da sua turma e nunca pare de estudar, esteja sempre atualizada. O segundo é: Dê o seu melhor no seu ramo de atividade e procure estar em um trabalho que você goste e que lhe dê satisfação”.

Para fechar suas indicações às mulheres neste mês comemorativo do Dia da Mulher, Anna pontua seu terceiro conselho: “Tenha um momento no dia dedicado a atividades que lhe deem prazer; eu, por exemplo, gosto muito de ler, sempre lia revistas de moda ou colunas sobre vinhos antes de dormir. Também sou amante de arte, então procuro visitar museus e ir ao teatro, e não deixe de praticar algum esporte com o qual você se identifique e curta ao máximo os momentos em família”.

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