A Biometano Sul está prestes a inaugurar, em Minas do Leão (RS), a maior planta de biometano da região Sul do Brasil. Com cerca de 85% do empreendimento já concluído, a expectativa é que a unidade inicie suas operações no primeiro trimestre de 2025, produzindo 66 mil m³ diários de biometano. O gás será extraído de resíduos sólidos urbanos provenientes do aterro sanitário da CRVR (Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos), que atende 123 municípios, incluindo a região metropolitana de Porto Alegre.
O escopo da obra está sendo desenvolvido pela AFRY, contratada para realizar os serviços de EPCM (Engineering, Procurement, Construction Management). A multinacional europeia é responsável pela consolidação do projeto básico fornecido pela Biometano Sul, além da engenharia detalhada, gestão de suprimentos e planejamento, bem como pelo gerenciamento da construção e montagem da planta.
“Este projeto reforça nossa missão de promover soluções sustentáveis para a transição energética. A parceria com a Biometano Sul é estratégica, pois fortalece nossa atuação no setor de biocombustíveis, essencial para a descarbonização”, ressalta Nilson Niero, diretor de Consultoria, Energia, Infraestrutura e Projetos Especiais da AFRY.
Uma vez concluída, a unidade permitirá que o aterro de Minas do Leão deixe de emitir cerca de 50 mil toneladas anuais de CO₂ equivalentes, contribuindo significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa. O biogás gerado no aterro será purificado na planta por meio da separação do CO₂ e de outros gases, resultando em biometano de alta pureza que atenderá às exigências da ANP (Agência Nacional do Petróleo). Esse biometano será comercializado na forma de gás natural comprimido, promovendo o uso de energia limpa e renovável.
“Estamos orgulhosos de contribuir para o desenvolvimento de uma matriz energética mais sustentável e de grande impacto para a região Sul”, destaca Niero.