O Projeto Guaíba2, de expansão da fábrica da Celulose Riograndense, em Guaíba, entra numa importante etapa do seu cronograma de obras: a montagem do sistema de geração de energia elétrica para a nova planta fabril, que quadruplicará a sua atual produção de celulose – passando de 450 mil toneladas/ano para 1,8 milhão toneladas/ano – a partir de maio de 2015.
Esta etapa só pode ser iniciada com a chegada ao pátio da fábrica de uma turbina – a maior turbina de condensação já fabricada no Brasil, pela empresa Siemens – e dois geradores – também da Siemens – fabricados em Erfurt, na Alemanha.
A chegada dos equipamentos, em Guaíba, aconteceu no último domingo, dia 20/07, e contou com uma complexa operação de transporte e logística.
A turbina, com 10m de comprimento por 5m de largura e 4m de altura, pesando mais de 130 toneladas, foi transportada por via rodoviária, entre Jundiaí/SP e Guaíba/RS, em carreta especial. O comboio levou dois meses para percorrer o trajeto em função das fortes chuvas que caíram no período.
Os geradores, cada um com peso de 121 toneladas e medindo 8m de comprimento por 4m de largura, foram transportados de Erfurt para Hamburgo (Alemanha), por barcaça, e de Hamburgo para Rio Grande/RS, por navio. O transporte de Rio Grande para Guaíba foi feito por via rodoviária e durou cerca de uma semana.
Foi necessário o apoio técnico e policial da Polícia Rodoviária Federal ao longo de todos os trajetos.
A segunda turbina de contrapressão, também a maior deste tipo já fabricada no Brasil, teve sua fabricação e montagem concluídas na Siemens/ Jundiaí-SP e deverá chegar ao canteiro de obras de Guaíba dentro de um mês.
Cada um dos conjuntos (turbina e gerador) será utilizado para gerar a energia elétrica necessária às necessidades plenas da nova fábrica e ainda exportará, para o SIN – Sistema Interligado Nacional, o excedente gerado. A geração total será de 175 MW, dos quais 30MW serão disponibilizados na rede pública (SIN).
As turbinas serão alimentadas com vapor superaquecido, de alta pressão, gerado na Caldeira de Recuperação durante o processo de produção de celulose. Os conjuntos turbogeradores garantirão a autonomia energética da nova fábrica e contribuirão significativamente para a atratividade econômica do empreendimento.
Fonte: Siemens