Falar em geração, consumo e fontes de energia atualmente é, obrigatoriamente, falar também em descarbonização, tema-foco deste artigo. O termo, que significa a mudança do uso de matrizes energéticas de origem fóssil para fontes energéticas limpas, como o Sol, água e vento, tendo-se como contrapartida a
redução de gases de efeito estufa (GEE), preservação do meio ambiente e mitigar eventos extremos, vem sendo tratado de forma intensa pelo setor de celulose e papel.
Sabendo que o Brasil tem o compromisso de reduzir em 37% até 2025 e em 43% abaixo dos níveis de 2005 até 2030 (ambos em relação aos níveis de 2005, conforme metas presentes na Contribuição Nacionalmente Determinada [NDC]
do Brasil), a pergunta é: qual o papel do setor industrial para
a redução das emissões de GEE? Será voluntária ou compulsória a mitigação de GEE?
O Balanço Energético Nacional (BEN), 2023, disponibilizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), responsável por estudos e pesquisas destinados a subsidiar o Planejamento Energético no Brasil, mostra que 32% do consumo nacional de energia se dá no setor industrial e 33,0% no setor de transporte, sendo ambos os mais significativos quanto ao consumo de energia (Figura 1).
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