A Irani, uma das principais indústrias de papel e embalagens sustentáveis do Brasil, avança para uma nova etapa de seu veículo de Corporate Venture Capital (CVC), tendo agora como parceiro a Valetec Capital. O programa de aceleração de startups teve início em 2021 e soma R$ 5 milhões já investidos.
A Irani Ventures seguirá focando na incorporação de inovações ao portfólio atual e na geração de novos negócios, com uma tese focada em soluções de impacto, especialmente embalagens sustentáveis e economia circular, que está diretamente alinhada ao propósito da Irani de transformar a vida das pessoas com atitudes e soluções sustentáveis. Com a ampliação do fundo e da estratégia, a Valetec – gestora de investimentos com o maior capital sob gestão do país – passa ser parceira desta jornada.
“Queremos levar nossa atuação como venture capital a um outro patamar, para sermos mais disruptivos e termos um fundo ainda mais robusto. Nosso objetivo é tornar a Irani uma das empresas mais inovadoras do setor no Brasil, e isso envolve, entre outros fatores, ter um CVC forte e qualificado”, afirma Andrea Quintana, gerente de Marketing e Inovação da Irani.
Com ampla atuação no mercado, a Valetec nasceu em 2006 e consolidou-se como líder no segmento em número de fundos estruturados e operacionais. Hoje, as operações da empresa somam R$ 1 bilhão de ativos sob gestão. Peter Seiffer, CEO e fundador da Valetec , afirma que entre as primeiras ações da gestora nesta jornada com a Irani está o aprofundamento na análise das startups já investidas, para entender como apoiá-las em seus planejamentos estratégicos e nas oportunidades de inovação e criação de sinergias. “Vamos desenvolver e executar um plano de sinergia que gere valor estratégico para ambas as partes. Com isso definido, começaremos a fazer novos investimentos”, explica Seiffer.
A gerente de Marketing e Inovação da Irani explica, ainda, que a Valetec irá fortalecer ainda mais o CVC da companhia pela sua expertise e profundo conhecimento desse ecossistema. A possibilidade de realizar os primeiros aportes em empresas no Exterior também está sendo estudada.
As startups já investidas pela Irani:
> TRASHIN: realiza operações de gestão de resíduos 360° e projetos de logística reversa para grandes clientes, como Havaianas (Alpargatas) e o Parque Ibirapuera. A startup garante que os resíduos sejam coletados corretamente e retornem à indústria como insumos, promovendo a economia circular. O modelo de negócio possui alta capilaridade e permite a coleta de resíduos menores, podendo atender condomínios, varejos, supermercados, shoppings, entre outros.
Resultado do aporte: o aporte deu mais credibilidade aos serviços prestado e foi utilizado para consolidar a expansão nacional, contratação colaboradores mais qualificados e adoção de novas tecnologias ao serviço.
> GROWPACK: fabrica embalagens biodegradáveis usando resíduos agrícolas, especialmente a palha de milho, como matéria-prima. Na escolha da Irani Ventures pela growPack estava, entre os diferenciais, a parceira de grandes players como o iFood, e sinergias que podem fortalecer ainda mais a parceria, pois agrega valor aos propósitos da companhia ao oferecer soluções sustentáveis que impactam positivamente a vida das pessoas.
Resultado do aporte: o investimento ajudou a expandir a capacidade produtiva, lançar um portfólio de produtos para o setor de food-service, que terá 10 produtos até o final deste ano, e atrair talentos-chave para acelerar nossas frentes de inovação e projetos corporativos.
> VERTOWN: plataforma que rastreia os resíduos gerados em toda a cadeia produtiva das empresas, permitindo que os negócios atuem em conformidade com a legislação. Ela também fornece dados para medição e melhoria dos principais indicadores ESG, como emissão de CO2 e índice de reciclagem, podendo se tornar fornecedor potencial da Irani no futuro. O investimento foi feito em conjunto com Açolab Ventures, da ArcelorMittal.
Resultado do aporte: estruturação do time de Marketing e Vendas, para novo posicionamento estratégico, e desenvolvimento de funcionalidades na plataforma, como para que deixa de comprar ou não renova contrato, por exemplo.
> Mush: desenvolve produtos à base de micélio, conjunto de filamentos (hifas) que compõem a estrutura dos fungos. Seu portfólio inclui móveis, embalagens, luminárias, itens de decoração e até obras de arte, unindo design, biotecnologia, ciência e sustentabilidade. O produto tem potencial como alternativa complementar à embalagem de papel.
Resultado do aporte: aquisição de ativos fixos usados na fábrica em Ponta Grossa e desenvolvimentos subsequentes de P&D, pessoas, processos produtivos e desenvolvimento de novos produtos que estão dando tração ao negócio, permitindo desemcubar a Mush MT da planta piloto na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).