Editorial – O FUTURO SE REFLETINDO EM MAIOR COMPETITIVIDADE – Um futuro verde e digital. Acredito que possamos definir nestas simples palavras o cenário de oportunidades no contexto da bioeconomia desenhado para o desenvolvimento dos negócios da indústria de celulose e papel no futuro. Isto porque o potencial do patrimônio florestal deverá ser aproveitado ao máximo cada vez mais, e a digitalização dos processos produtivos avançará de forma acelerada rumo ao aumento da competitividade do setor de base florestal.
Um universo de bioprodutos, biocombustíveis, bioenergia, entre tantos outros subprodutos da floresta, está sendo demandado pelo mercado mundial. A elevada capacidade das florestas plantadas de eucalipto para armazenar grandes quantidades de carbono surge em destaque também na mitigação dos Gases de Efeito Estufa (GEE) frente à necessidade de minimizar as mudanças climáticas.
A exemplo do que traz nossa Entrevista Principal da edição baseada em um estudo coordenado pela Embrapa Cerrados (DF), em parceria com a Universidade de Brasília (UnB). A pesquisadora da Embrapa Cerrados, Alexsandra Duarte de Oliveira, uma das autoras do estudo, é nossa entrevistada e ressalta, entre outros pontos principais, a relevância do trabalho que mostrou como o carbono é fixado pelo sistema florestal completo (solo-planta-atmosfera), contribuindo com a mitigação dos gases de efeito estufa (GEE).
Já no âmbito da digitalização, nossa Reportagem de Capa traz dados importantes sobre o movimento dos fornecedores do setor da cadeia produtiva de celulose e papel, vencedores do Prêmio Destaques do Setor 2023, em busca de promover avanços na competitividade dos produtores da indústria de base florestal. Tecnologias que promovem ganhos em eficiência operacional e sustentabilidade nos processos fabris são abordadas pelos executivos entrevistados.
A revolução tecnológica em curso apresenta-se em detalhes operacionais de pequeno a grande porte e posiciona os parques industriais do setor no patamar mais elevado do estado da arte – deixando espaço, contudo, para agregar incrementos promissores à chamada indústria do futuro. “A adoção de tecnologias de automação e digitalização tem sido uma das maiores transformações registradas na indústria de celulose e papel. Sistemas avançados de controle de processos, sensores inteligentes e análise de dados em tempo real permitem uma operação mais eficiente e preditiva. Há alguns anos, os processos dependiam muito mais da intervenção manual e eram menos integrados digitalmente”, pontua Flávio Maeda, head de Serviços Digitais da AFRY para América Latina.
Além desses enfoques editoriais principais da edição de junho da revista O Papel, trazemos nossas colunas assinadas sobre aparas, biomassa e energia renovável, carreiras, gestão e liderança, bem como indicadores de preços e custos de produção. Desafios e oportunidades para os serviços ambientais no Brasil é um tema relevante deste mês, trazido pela Coluna IBÁ – Indústria Brasileira de Árvores –, assinada por Diego Camelo, engenheiro agrônomo e especialista em Políticas Florestais e Bioeconomia da IBÁ.
Uma ótima leitura a todas, todos e todês e até a próxima edição!
Nota: Nesta edição a coluna Fastmarkets não foi publicada, devido a uma questão emergencial de saúde do colunista Rafael Barisauskas, mas retornará a publicação normalmente a partir de julho.
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