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O futuro do setor de embalagens: visão da Irani para 2025

Empresa fala sobre expectativas, novidades e avaliações de mercado para o ano. Aposta da Irani é no mercado de caixas para o setor de frigoríficos.

O containerboard, ou papelão ondulado, é hoje o líder entre os produtos produzidos pelo setor de papel, representando 70% da produção total, de acordo com dados apresentados pela ResourceWise, empresa especializada em dados, análises e serviços de consultoria. Nesse contexto, a Irani, uma das principais indústrias de papel e embalagens sustentáveis do Brasil, ocupa a 9ª posição no ranking das maiores empresas de papel e celulose do país.

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O setor de embalagens representa uma fatia relevante dos negócios da empresa. Pensando na visão para 2025, o Newspulpaper entrevistou Lindomar Lima Souza, diretor de Negócio Embalagem da Irani, que apontou como estratégia o seu posicionamento em um cluster de frigoríficos, que, neste ano, deve registrar novos recordes de exportação de proteína animal.

Newspulpaper: Qual é a avaliação da Irani sobre o consumo do mercado doméstico de embalagens para este ano?

Lindomar: O mercado de embalagens deve continuar aquecido em 2025, com projeção de crescimento em torno de 4%, acima da média histórica, assim como ocorreu em 2024, segundo dados da Empapel. O cenário macroeconômico, marcado por baixo desemprego e aumento da renda, impulsionou o consumo no último ano.

Apesar dos desafios da inflação, que podem pressionar a renda de algumas faixas da população, a tendência é que os bens essenciais (alimentos, higiene e limpeza), responsáveis por 70% do consumo de papelão ondulado, mantenham sua força.

No pior cenário, pode haver um movimento de downtrade, com consumidores optando por produtos mais acessíveis. O agronegócio deve permanecer aquecido, e as exportações de proteína animal, que representam uma parcela significativa do consumo de caixas de papelão ondulado, seguem em crescimento.

Newspulpaper: A Irani tem projetos de expansão (futuros ou em andamento) no setor?

Lindomar: A Plataforma Gaia está se aproximando de seus estágios finais, com 11 projetos de investimento destinados à ampliação e modernização do parque fabril nas unidades de Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais. A companhia já investiu R$ 984 milhões desde 2020 e espera concluir o investimento total do ciclo de R$ 1,1 bilhão até 2026.

Com o sucesso das iniciativas até agora implementadas e com recursos disponíveis, a Irani também incluiu no portfólio da Plataforma a atualização tecnológica da máquina de papel V – Gaia XI, na unidade de Santa Catarina, com investimentos de R$ 89,7 milhões.

O equipamento, utilizado para a produção de papel reciclado, reduzirá em cerca de 30% a necessidade de compras externas. A modernização da máquina, que inclui 34 novos cilindros secadores, atualização da plataforma de automação e segurança da rebobinadeira, possibilitará um aumento de 7% na produção de papel, garantindo segurança operacional.

Newspulpaper: Há lançamentos de novos produtos planejados para 2025? Se sim, quais são os destaques?

Lindomar: A Irani possui equipes de P&D tanto de papel quanto de embalagem e segue investindo em pesquisa e desenvolvimento para trazer novidades e soluções que atendam às necessidades de nossos clientes.

Em termos de inovação, avançamos para uma nova etapa com o veículo de Corporate Venture Capital (CVC), tendo agora como parceiro a Valetec Capital. O programa de aceleração de startups teve início em 2021 e já soma R$ 5 milhões investidos.

A Irani Ventures seguirá incorporando inovações ao portfólio atual e gerando novos negócios, com uma tese focada em soluções de impacto, especialmente embalagens sustentáveis e economia circular, diretamente alinhadas ao propósito da Irani de transformar a vida das pessoas com atitudes e soluções sustentáveis.

Já o Irani Labs, programa de inovação aberta para conexão com startups, busca o desenvolvimento de soluções sustentáveis.

Newspulpaper: De que maneira a Irani está garantindo competitividade no setor, considerando o atual cenário econômico brasileiro?

Lindomar: A Irani está estrategicamente posicionada em um cluster de frigoríficos, que, em 2025, deve registrar novos recordes de exportação de proteína animal. Enquanto o mercado destina cerca de 20% de suas caixas para esse setor, a Irani direciona 37%, garantindo uma participação diferenciada.

Nosso foco está nos frigoríficos de proteína animal de frango e suínos, sendo que este último apresenta a maior projeção de crescimento nas exportações entre todas as proteínas. Além disso, a carne de frango ganha espaço como substituta da carne bovina, o que pode impulsionar ainda mais sua demanda e consolidar sua liderança entre as três principais proteínas.

Nota: Em 26/03, a empresa anunciou em fato relevante o encerramento das atividades da fábrica de destilação de goma resina em Balneário Pinhal (RS) e a descontinuidade desse segmento. Paralelamente, a empresa aprovou a aquisição de 1.856 hectares de terras em São José do Norte (RS), incluindo 1.236 hectares de florestas de Pinus elliottii, por R$ 37 milhões. Parte do pagamento será realizada com a dação do imóvel da fábrica desativada. Além disso, a controlada Habitasul Florestal S.A. firmou contrato de arrendamento com a Âmbar Florestal Ltda. para exploração de resina em suas florestas no estado pelos próximos dez anos. As medidas visam otimizar operações e fortalecer a geração de valor para os acionistas.

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