A Suzano divulgo hoje em conferência, os resultados de desempenho do seu terceiro trimestre. Em volume de vendas, no segundo trimestre de 2024 a empresa vendeu 2,5 milhões de toneladas, já neste trimestre um volume total de 2,6 milhões de toneladas. Este montante já contempla a produção da fábrica de Ribas do Rio Pardo, que teve sua entrada em operação no mês de julho deste ano.
Esse volume contribuiu para um EBITDA de 6,5 bilhões de reais, superando os 6,3 bilhões no trimestre passo, embora a geração de caixa operacional tenha diminuído de 4,5 bilhões para 4,4 bilhões, devido principalmente ao maior capex de manutenção por tonelada.
O custo caixa sem paradas teve um aumento de 4%, passando de R$ 828/t para R$ 863/t. Este aumento se deu em função de: i) maior consumo de insumos, principalmente de energéticos (sobretudo óleo combustível), associados a eventos pontuais de menor estabilidade operacional em algumas fábricas; ii) maior custo com madeira, principalmente em função do start-up da Unidade de Ribas do Rio Pardo (efeito mix de abastecimento, dado custo unitário mais elevado em função do ramp-up), além de maior custo com serviços logísticos, parcialmente compensados pela melhor performance operacional na colheita; e iii) valorização cambial do USD médio em relação ao BRL médio (+6%).
O estoque de celulose da Suzano concluiu sua adequação operacional também graças ao início da operação da Fábrica de Ribas do Rio Pardo.
Resultado do segmento de Papéis
Já no ramo de papel e embalagem, a empresa verificou um aumento mais expressivo no volume de vendas, passando de 270 mil toneladas no 2T24 para 295 mil toneladas no 3T24.
Sobre este segmento, a empresa continua expandindo o modelo exclusivo de go-to-market da Companhia, avançando na ampliação da base de clientes e ampliação das regiões atendidas. Nesse contexto, é importante destacar a conclusão da aquisição dos ativos da Pactiv Evergreen, marcando a entrada da Suzano no mercado norte-americano de papelcartão e embalagens. Além disso, a Companhia mantém o foco de investir continuamente em um portfólio de produtos de inovação, voltados para os segmentos de
Embalagens e substituição de plásticos de uso único
Com a aquisição do negócio de tissue da Kimberly Clark no Brasil, o segmento de bens de consumo passou a ter desde terceiro trimestre, maior representatividade nos resultados do negócio de papel.
Hoje o projeto está funcionando com capacidade de 80%, mas para o ano que vem, a previsão é estar rodando com capacidade total a partir do primeiro trimestre.
Sobre a redução da alavancagem da Suzano, que saiu de 3,2 vezes para 3,1 vezes, a previsão é que esses valores continuem caindo, uma vez que a companhia está agora numa fase de redução do CAPEX, uma vez que a execução do Projeto Cerrado terminou.
Quanto à dívida líquida houve um aumento se comparado ao segundo trimestre desse ano, quando o valor era de 12 bilhões de dólares e agora, passando para 12,9 bilhões de dólares.
Porém, pensando na alocação de capital da Suzano no futuro, a empresa espera fazer, no quarto trimestre, uma geração de caixa bastante relevante já que não haverá itens extraordinários que ocorreram no terceiro trimestre como foi o fechamento de dois investimentos importantes em florestas e na Lenzing.
Haverá um investimento em nas fábricas de Pine Bluff, que entrou no primeiro dia de outubro, mas em número menor. Portanto, com capex menor e uma continuidade da desalavancagem da companhia, logo, a alocação de capital no quarto trimestre estará dedicada à redução de endividamento.
Para 2025, a empresa deverá seguir com a redução de endividamento e um olhar para alternativas de investimento que não devem ser, neste momento, transformacionais, como é o caso da opção de aquisição dos outros 15% da Lenzing, com foco no setor têxtil, um mercado de interesse da Suzano.
O que significa que, mesmo que alguma dessas alternativas se torne realidade, o caminho de desalavancagem da companhia deve seguir ao longo do ano. Sobre a recompra de ações, o programa continua em aberto. Ele foi anunciado há alguns meses para o montante de 40 milhões de ações. A Suzano já recomprou desse programa um pouco mais de 10 milhões. Ainda falta comprar uma parte grande, mas há um prazo de mais de 12 meses para executar essas compras.
No lado dos custos, a entrada em operação do novo projeto tem contribuído para a redução do custo médio da companhia. Logo, à medida que a produção da fábrica aumenta, ela passa a representar um percentual maior da produção total da Suzano ao longo do tempo, o que faz com que esse custo médio seja otimizado.
Esse é o principal item que contribui para a queda que a companhia sinalizou, de um dígito percentual abaixo no próximo trimestre e um dígito percentual mais alto ao longo do ano de 2025 em relação ao que está hoje.
Além da participação crescente de Ribas no portfólio, existe também uma redução vinda de alguns investimentos feitos como retrofits industriais na parte florestal, que também estão contribuindo na mesma direção, configurando um cenário positivo para o próximo trimestre.