A Suzano, uma das maiores produtoras de celulose e papel integradas do mundo, anunciou hoje os resultados consolidados do segundo trimestre de 2024 (2T24), destacando um desempenho robusto com um EBITDA ajustado de R$ 6,3 bilhões. O resultado representa um aumento de 42% em relação ao trimestre anterior e de 74% na comparação anual, impulsionado por elevações expressivas nos preços e volumes de vendas, apesar dos desafios enfrentados no mercado chinês e da valorização do dólar frente ao real, que aumentou a receita líquida da empresa em 25% em relação ao 1T24 (R$ 9.235 milhões), conforme release de resultados.
Em relação à gestão financeira, a dívida líquida medida em dólar ficou estável em US$ 12,0 bilhões. A alavancagem em dólar, por sua vez, apresentou queda para 3,2x, ficando abaixo do limite da política financeira, sendo justificada pela elevação do EBITDA Ajustado dos últimos 12 meses. Contudo, no 2T24, a Companhia registrou prejuízo de R$ 3.766 milhões, contra lucro líquido de R$ 220 milhões no 1T24 e R$ 5.078 milhões no 2T23. A Suzano justifica que a variação negativa observada em relação ao 1T24 foi decorrente principalmente da variação negativa no resultado financeiro, por sua vez explicada pelo impacto negativo da desvalorização cambial sobre a dívida e operações com derivativos (em contrapartida ao menor resultado negativo observado no trimestre anterior).
No segmento de celulose, a Suzano registrou um aumento de 6% nas vendas em comparação ao primeiro trimestre, totalizando 2,545 milhões de toneladas. O cenário foi favorecido por uma demanda sólida na Europa e na América do Norte, onde o preço da fibra curta teve uma alta significativa. Ao mesmo tempo, a oferta global de celulose se normalizou após paradas não programadas de produção. Na China, o ambiente de mercado se tornou mais complexo devido à pressão sobre as margens dos fabricantes de papel e à iminente entrada de novas capacidades.
No mercado de papel, as vendas internas cresceram 14% no trimestre, impulsionadas pela recuperação das vendas de papéis de Imprimir & Escrever e pelo crescimento do segmento de Tissue, beneficiado pela recente aquisição da operação de tissue da Kimberly Clark no Brasil. As vendas internacionais de papel também mostraram crescimento, com um aumento de 11% em relação ao segundo trimestre de 2023, refletindo a recuperação da demanda global. No entanto, em comparação ao trimestre anterior, houve uma ligeira queda devido a estratégias de alocação comercial e desafios logísticos.
No documento, a Suzano indica que segue sua estratégia de expansão global e sustentabilidade, como a aquisição de 15% das ações da Lenzing, com a possibilidade de controle da empresa até 2028. Além disso, a aquisição de ativos da Pactiv Evergreen Inc. nos Estados Unidos reforçou sua posição no mercado de papelcartão. A nova Unidade Ribas do Rio Pardo, parte do Projeto Cerrado, também começou a operar, com uma capacidade anual de 2,55 milhões de toneladas de celulose branqueada de eucalipto, solidificando a liderança global da Suzano no setor.
Financeiramente, a empresa manteve a dívida líquida em dólares estável em US$ 12,0 bilhões, enquanto reduziu a alavancagem para 3,2x, abaixo do limite de sua política financeira. A política de hedge cambial continuou a trazer resultados positivos, gerando uma entrada de caixa de R$ 0,3 bilhão no trimestre. Com uma geração operacional de caixa sólida de R$ 4,5 bilhões, a Suzano reforça sua capacidade de gerar valor sustentável a longo prazo, mantendo seu compromisso com a expansão e eficiência operacional.
DESTAQUES
- Vendas de celulose de 2.545 mil ton (1% vs. 2T23).
- Vendas de papel1
de 333 mil ton (13% vs. 2T23). - EBITDA Ajustado2
e Geração de caixa operacional3
: R$ 6,3 bilhões e R$ 4,5 bilhões respectivamente. - EBITDA Ajustado2
/ton de celulose em R$ 2.176/ton (71% vs. 2T23). - EBITDA Ajustado2
/ton de papel em R$ 2.255/ton (-9% vs. 2T23). - Preço médio líquido de celulose – mercado externo: US$ 701/ton (25% vs. 2T23).
- Preço médio líquido de papel1
de R$ 6.787/ton (-3% vs. 2T23). - Custo caixa de produção de celulose sem paradas de R$ 828/ton (-10% vs. 2T23).
- Alavancagem em USD em 3,2x e 3,5x em BRL.
- Aquisição de participação de 15% na Lenzing por EUR 230 milhões.