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Workshop de Paradas Gerais discutiu estratégias para gestão de riscos na indústria de celulose

Evento reuniu especialistas do setor para debater soluções em em paradas gerais, destacando inovações tecnológicas e otimização de processos

Realizado pela Universidade Setorial ABTCP, a sexta edição do Workshop de Paradas Gerais aconteceu nesta terça-feira (12) na fábrica da Veracel, em Eunápolis, Bahia, com apoio da empresa. O evento teve como foco a troca de experiências e o aprimoramento das estratégias de gestão de riscos nas Paradas Gerais e reuniu especialistas do setor para debater soluções inovadoras em manutenção e operações industriais com palestras de grandes players, como Bracell, Cenibra, Irani e Veracel, além de fornecedoras renomadas, como Kadant, Normon e PSV Solutions, patrocinadoras do workshop.

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“Com mais de 100 profissionais inscritos, esse evento é de grande valia para o setor, pois discutimos diferentes abordagens para a realização de uma Parada Geral eficiente, priorizando segurança, qualidade e custos”, enfatiza Viviane Nunes, head de educação da Universidade Setorial ABTCP.

O workshop contou com uma programação diversificada, incluindo palestras, debates e visita à fábrica. Para Lucas Brum, moderador do evento e coordenador de confiabilidade da Veracel, o evento conecta fornecedores e unidades industriais, elementos fundamentais para a construção de um cronograma estruturado de Parada Geral. “Compartilhamos boas práticas e debatemos inovações adotadas por diferentes unidades, permitindo um intercâmbio valioso. O evento promove sinergia, networking e avanços tecnológicos que resultam em paradas mais bem planejadas e eficientes”, destaca.

Os temas do evento abordaram sustentabilidade, redução de tempo e custos, além de segurança, um ponto crucial para a indústria, incluindo estratégias de planejamento de paradas gerais, manutenção preventiva e o uso de inteligência artificial para otimização de processos.

“Com o aumento do número de plantas industriais parando simultaneamente, os riscos também crescem. Investir em segurança, tecnologia e otimização de recursos beneficia toda a cadeia produtiva. Quando uma planta desenvolve uma solução ou um fornecedor introduz uma nova tecnologia, todos saem ganhando”, acrescenta Brum.

Michael Barcelos, gerente de planejamento estratégico da PSV Solutions, que realizou palestra sobre tecnologia aplicada à gestão de riscos, ressaltou os grandes benefícios da troca de conhecimento proporcionada pelo evento. Segundo ele, muitas empresas operam isoladamente, o que pode dificultar a disseminação de inovações e a identificação de desafios comuns. “Ao reunir profissionais do setor, conseguimos multiplicar conhecimento e encurtar caminhos. Uma solução já aplicada por uma empresa pode resolver o problema de outra, tornando essa conexão essencial”, explica.

Ele também destacou que algumas plantas já utilizam sistemas automatizados, enquanto outras ainda desconhecem essas tecnologias. “O evento facilita essa disseminação, tanto na área tecnológica quanto no planejamento estratégico, um dos temas mais abordados”, completa Barcelos.

Pedro Mora, gerente de vendas da Kadant, enfatizou a importância do evento para o setor de celulose e papel, especialmente diante do crescimento da indústria nos últimos anos. Segundo ele, as paradas gerais representam um momento estratégico para a manutenção e aprimoramento das plantas industriais.. “As empresas têm buscado ampliar o intervalo entre as campanhas de manutenção de 15 para 18 meses, aumentando a produtividade e reduzindo custos. Esse avanço traz desafios não apenas para a Kadant, mas para todos os fornecedores do setor”, afirma. Na ocasião, Mora apresentou o tema sobre manutenção preventiva na melhoria de performance das vestimentas.

Já João Eduardo Galbes, diretor da Normon, empresa focada em montagem e manutenção,  destacou a evolução do evento ao longo dos anos. “A cada edição, as expectativas são superadas pela qualidade das discussões e pelo compartilhamento de conhecimento. Este já é o quarto ano consecutivo que participamos junto à ABTCP, e para nós, como prestadores de serviço, o evento é de grande valor, pois nos permite absorver informações estratégicas para aprimorar nossa atuação”, afirmou.

Parada Geral: o que a extensão do tempo de parada representou para o setor de celulose

A atualização da NR-13, publicada pela Portaria MTP nº 1.846, de 1º de julho de 2022, alterou o prazo máximo para inspeção de segurança periódica de caldeiras, ampliando-o de 15 para 18 meses. Essa mudança visa otimizar processos de inspeção sem comprometer a segurança operacional, considerando avanços tecnológicos e boas práticas de manutenção no setor industrial.

Lucas Brum destaca que a alteração tem gerado grande interesse entre os envolvidos. “Com a transição de 12 para 15 meses, e agora de 15 para 18, surgem desafios, como a sobreposição de paradas no mesmo período. O workshop nos permite antecipar e mitigar esses conflitos, seja por sobrecarga de fornecedores ou pela dinâmica de execução e desmobilização, reduzindo impactos”, explica.

“Nesse sentido, um dos grandes benefícios do workshop é justamente essa possibilidade de planejamento e ajuste estratégico”, acrescenta o moderador.

Para contribuir também para a melhor organização das Paradas Gerais do setor, Viviane Nunes, head de educação da Universidade Setorial, aproveitou para destacar o trabalho da Comissão Técnica de Segurança do Trabalho e convidar os participantes a acessarem o site abtcp.org.br para fazer o download do Calendário de Paradas Gerais de 2025 e 2026, desenvolvido pela associação em parceria com as fábricas.

LEIA TAMBÉM:

Matéria O Papel – Out/22 – Revisão da NR-13 estende prazo de inspeção das caldeiras de recuperação em até 18 meses

INFORME TÉCNICO – ANÁLISE DA NR-13 COMENTADA – Norma regulamentadora: caldeiras vasos de pressão tubulações e tanques metálicos de armazenamento


Participe dos eventos da Universidade Setorial ABTCP. Confira o calendário completo em https://www.universidadesetorialabtcp.org.br/

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