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Entrevista: Antonio Lemos, da Voith Paper, fala sobre o aquecimento da indústria de papel

Portfólio de sistemas, produtos, serviços e aplicações digitais atende aos projetos de reformas e upgrades dos players nacionais

À frente de dezenas de projetos encabeçados por fabricantes que se destacam em diferentes segmentos da indústria de papel, a Voith Paper alia diferenciais tecnológicos a excelência na prestação de serviços para atender às demandas atuais dos clientes. Tendências como digitalização despontam entre as reformas e upgrades em curso, conforme contextualiza Antonio Lemos, presidente da Voith Paper América do Sul. No pingue-pongue a seguir, o executivo compartilha quantos projetos estão em andamento, revela quais segmentos têm se destacado no cenário atual e antecipa as perspectivas para os desdobramentos acerca da indústria de papel.

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Newspulpaper — Atualmente, a Voith Paper está atuando em quantos projetos de reformas e upgrades da indústria nacional de papel? O número reflete um momento de aquecimento/crescimento do setor?

Antonio Lemos, presidente da Voith Paper América do Sul — Atualmente, a Voith está atuando em mais de 50 projetos de reformas e upgrades em diversos players do mercado. A maior parte dos projetos está na área do setor de embalagens (packaging) e têm o objetivo de aumentar a produção e reduzir os custos. Há também uma expansão visível no setor tissue. Estes números comprovam que o mercado vive um forte aquecimento e temos boas perspectivas para o ano que vem.

Newspulpaper — Como você avalia o contexto atual para estes players e para os demais atores da cadeia produtiva?

Lemos — O momento atual é de consolidação de grandes grupos. Acabamos de ver a união que formou a Smurfit Westrock. Há também o contexto atual destas fábricas integradas, como Suzano, Sylvamo e Klabin, com um custo caixa bastante competitivo e fazendo alguns investimentos, além do processo de internacionalização, citando a Suzano novamente como exemplo, e a CMPC que adquiriu fábricas na América do Norte e está indo para novos mercados.

Newspulpaper — Algum segmento de papel desponta entre os demais? Quais motivos levam a tal destaque?

Lemos — Com certeza o papel tissue tem ganhado destaque nos últimos anos e desponta no mercado com forte crescimento, inclusive com as novas plantas a serem lançadas na América do Sul. Também observamos uma tendência de crescimento na busca por papéis especiais, sejam coating e barreiras ou os papéis MG, na procura por materiais que façam substituição ao plástico.

Newspulpaper — Os upgrades como um todo também reforçam a busca por práticas e condutas cada vez mais alinhadas aos critérios ESG (Environmental, Social and Governance)? Quais exemplos podem ser citados a partir das tecnologias adotadas e dos resultados almejados?

Lemos — Apesar de a Voith ter soluções interessantes para oferecer ao mercado, a agenda ESG ainda não está direcionando os investimentos. Os projetos de upgrade são viabilizados por aumento de produção, na sua maioria. A Voith espera que este cenário mude ainda no curto prazo. Temos soluções sustentáveis para o mercado e acreditamos na força da cadeia de fornecimento para endereçar a agenda ESG. As empresas precisam ser mais valorizadas pelas suas práticas ESG, da mesma maneira que são valorizadas pelas entregas que realizam.

Newspulpaper — De que forma a Voith se prepara para atender às demandas atuais e futuras da indústria de papel?

Lemos — Nossa equipe de pesquisa trabalha incansavelmente na busca por soluções que resolvam os problemas da escassez de recursos com o desenvolvimento de novos produtos. Recentemente, apresentamos nosso desenvolvimento de uma máquina tissue para produzir um papel que não utiliza água em seu processo de formação.

Além disso, temos atuado com força e feito investimentos significativos para a digitalização da produção de papel. O processo de fusões e aquisições também fortaleceu o portfólio da Voith. Com a chegada de empresas como Meri, BTG e Toscotec, o Grupo vem demonstrando força para reforçar sua presença no mercado.

Newspulpaper — Quais tendências tecnológicas vêm pautando a indústria nacional de papel e de que forma os incrementos devem transformar as práticas futuras?

Lemos — Uma tendência que vem ganhando força, ainda que de forma tímida, é a digitalização das fábricas. É importante mostrar para os fabricantes a importância de investir na digitalização e quais são os benefícios que esta prática traz no longo prazo. Há também a questão da mão de obra, que está cada dia mais escassa. Ao investir em digitalização, o fabricante tem mais segurança de que os processos rodarão em conformidade e que em breve a fábrica autônoma poderá fazer parte do dia a dia das pessoas.

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