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CMPC mantém plano bilionário e lidera esforços de reconstrução no Rio Grande do Sul

Empresa reforça compromisso com a região e destaca ações de solidariedade e apoio às comunidades afetadas com o evento climático extremo que assolou a região

Desde o início das enchentes no final de abril, a CMPC, a maior empresa de celulose do Estado do Rio Grande do Sul, situada em Guaíba, mobilizou-se para auxiliar as vítimas através do programa social “Fibra do Bem”, realizando resgates, doações e outras ações de suporte.

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Apesar de não ter sido diretamente atingida pelas enchentes, a CMPC reduziu suas operações em respeito aos colaboradores e à população, adotando medidas internas para garantir a segurança e bem-estar dos funcionários e suas famílias.

Esse evento climático extremo afetou cerca de 2,3 milhões de pessoas, impactando 463 cidades do Estado, o que equivale a 93% do total de municípios da região. Em meio a esse cenário, a CMPC anunciava em 29 de abril um investimento histórico de 24 bilhões de reais para a construção de uma nova planta industrial em Barra do Ribeiro. Esse investimento, que será mantido, é um dos maiores da história do Rio Grande do Sul, e demonstra a confiança da empresa no potencial de recuperação e crescimento da região.

“Acreditamos muito no Rio Grande do Sul e na força desse povo tão cheio de fibra que é o gaúcho. Seguimos trabalhando duro todos os dias com nossos colaboradores para contribuirmos de forma positiva e efetiva com a reconstrução e a retomada da economia do Estado”, afirmou Jailson Aquino, diretor de operações da CMPC Brasil, que compartilha mais detalhes a seguir em uma entrevista exclusiva ao Newspulpaper, sobre esses acontecimentos e as perspectivas futuras.


Newspulpaper (NPP): A CMPC havia recebido algum aviso, alerta ou estudo que previsse o ocorrido?

Jailson Aquino: Não, a CMPC não foi alertada sobre nenhum risco de enfrentamento de um evento climático tão extremo como o que ocorreu em maio.

NPP: Quais foram os danos causados à produção, desde o plantio, operação e matéria-prima já finalizada? Houve parada total das atividades?

Aquino: A unidade de Guaíba da CMPC não foi atingida de maneira direta e se manteve estável mesmo diante de todos os acontecimentos. Porém, em respeito aos nossos colaboradores, suas famílias e ao povo gaúcho e com o objetivo de focar todos os nossos esforços em auxiliar o poder público e a população, mantivemos a operação ativa em volume reduzido a fim de garantir a segurança operacional.

NPP: Quais as medidas de contenção de danos adotadas pela CMPC?

Aquino: Desde o primeiro dia de enchentes, nos mobilizamos para auxiliar no socorro às vítimas das inundações. Criamos o programa social Fibra do Bem, que abrange uma série de ações de resgate, doações, limpeza, voluntariado e suporte aos órgãos competentes. Em um primeiro momento, atuamos no resgate de pessoas e animais com o uso de caminhões, retroescavadeiras e um helicóptero em diversos municípios da região. Viabilizamos a doação de diversos itens, como mais de 100 mil produtos de higiene e limpeza, 5 mil cestas básicas, 750 colchões e banheiros químicos. Esses itens foram distribuídos para Guaíba, Barra do Ribeiro, Eldorado do Sul, Arroio dos Ratos, Charqueadas, São Jerônimo, Triunfo e General Câmara. Em Guaíba, onde está localizada nossa unidade industrial, a CMPC possibilitou o acesso à água potável, cedendo um gerador elétrico próprio para bombear água aos cidadãos. Além disso, disponibilizamos a nossa estrutura portuária para o transporte de oxigênio para hospitais e de mantimentos para operações do governo estadual, haja vista que houve bloqueio de rodovias. O Fibra do Bem também organizou um grande grupo de voluntariado corporativo, que contou com mais de 200 participantes e mais 840 horas de atividades realizadas. Esse time, formado por nossos colaboradores, realizou atividades de distribuição de doações, recreação, suporte em abrigos e limpeza.

NPP: O que foi providenciado em relação aos funcionários e suas famílias?

Aquino: Tão logo se instalou a situação de emergência, a CMPC manteve contato com todos os colaboradores para avaliar individualmente a situação de cada um. Nas primeiras semanas, a companhia também efetuou o pagamento de um valor adicional no vale-alimentação de todos os colaboradores. Para auxiliar os nossos colaboradores afetados, a CMPC lançou, em nível global, a campanha colaborativa “1+2”. A ação consistia em incentivar os colaboradores que não foram afetados pelas enchentes a contribuir com doações. Com a inciativa, para cada um real arrecadado, a companhia se comprometia a doar outros dois reais, que seriam revertidos em donativos para as famílias em situação de fragilidade. Ao final, a iniciativa somou mais de R$ 1,3 milhão. Os colaboradores que foram atingidos pela enchente também foram contemplados com kits de higiene e limpeza e com o apoio de colaboradores da CMPC que se inscreveram no programa Fibra do Bem para auxiliar colegas de trabalho.

NPP: Como se encontra a produção hoje? Quais foram as ações essenciais que possibilitaram a retomada “à normalidade”? Houve suporte por parte do governo do Rio Grande do Sul e do Governo Federal?

Aquino: A produção está normalizada a nível pleno. Este foi um período único na história do Rio Grande do Sul. Uma tragédia sem precedentes que impactou a vida de mais de 2 milhões de gaúchos, sendo que muitas famílias perderam todos os seus bens, fruto do trabalho de uma vida inteira. Houve muita comoção e um esforço ímpar da sociedade civil, das mais diversas entidades, da iniciativa privada e do poder público em todas suas instâncias para socorrer e garantir a assistência a todos os que necessitavam. Acreditamos que toda essa sinergia está sendo responsável pela retomada das atividades econômicas e da vida das pessoas.

NPP: Como a CMPC vê a projeção para o futuro?

Aquino: Acreditamos muito no Rio Grande do Sul e na força desse povo tão cheio de fibra que é o gaúcho. Seguimos trabalhando duro todos os dias com nossos colaboradores para contribuirmos de forma positiva e efetiva com a reconstrução e a retomada da economia do Estado.

NPP: Na visão da empresa, quais medidas deveriam ser tomadas para que tragédias como essa não voltem a acontecer?

Aquino: Somos a maior representante da bioeconomia no Rio Grande do Sul. Acreditamos em um processo produtivo que gere valor compartilhado não só para a comunidade que nos cerca, mas também para toda a sociedade, e de forma ambientalmente amigável e responsável. Trabalhamos diariamente para aprimorar nossos processos e reduzir o impacto de nossa atividade na natureza por meio da prática do uso cada vez mais racional dos recursos naturais, da preservação e recuperação de áreas florestais degradadas, da reciclagem dos resíduos oriundos do processo produtivo, do controle de nossas emissões e da adoção de energias renováveis. Acreditamos que chegamos em um momento de inflexão em nosso planeta e a maior incidência de eventos climáticos extremos têm demonstrado isso. É preciso que todos na sociedade – poder públicos, entidades, empresas privadas e o cidadão comum – façam esse mesmo movimento que já colocamos em prática em nosso cotidiano há décadas.

NPP: Quanto ao anúncio do investimento de mais de R$ 24 bilhões anunciado em coletiva poucos dias antes do ocorrido: houve alguma mudança nos planos apresentados?

Aquino: Nada mudou. O projeto seguirá todos os trâmites planejados normalmente.

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