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Forest Carbon Brasil: caminhos para um mercado de carbono de sucesso

Na primeira edição do Congresso Internacional sobre Mercado de Carbono, Forest Carbon Brasil, especialistas discutiram e expuseram as vantagens e desafios para o crescimento no país

O Congresso Forest Carbon Brasil, realizado ontem (4), na Sala São Paulo, na capital paulista, reuniu especialistas do setor florestal e do mercado de carbono para debater as tendências, desafios e oportunidades desse mercado. O evento, promovido pela Paulo Cardoso Comunicações, foi estruturado em quatro painéis que abordaram desde as particularidades dos projetos de carbono, o atual cenário e as novas tecnologias e alterações legislativas em tramitação sobre o assunto.

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No primeiro painel, com destaque para as florestas plantadas da indústria de base florestal, em que companhias plantam 1,8 milhão de mudas de espécies florestais por dia e conservam 6,7 milhões de hectares de mata nativa, Julio Natalense, químico e gerente executivo de negócios de Carbono da Suzano, abordou as diferentes perspectivas do negócio para o setor de celulose e papel. Apesar de operar com processos produtivos de alta eficiência, autossuficiência na geração de energia limpa e tecnologias avançadas para otimização de recursos e matérias-primas, a indústria ainda gera determinadas emissões de gases. No entanto, a empresa compensa amplamente esse impacto com um superávit de créditos de carbono, obtido através de um milhão de hectares de florestas nativas, áreas de conservação e reflorestamento, entre outros projetos específicos.

Dentre esses projetos, destacam-se iniciativas inovadoras que colocam a Suzano à frente na agenda de carbono e na busca pela descarbonização. Há quatro anos, a empresa criou um setor dedicado exclusivamente a esse tema, reforçando seu compromisso com o meio ambiente. Um dos exemplos trazido por Natalense foi a criação da Biomas, uma empresa voltada à restauração e proteção de 4 milhões de hectares de matas nativas em diferentes biomas brasileiros, em parceria com Itaú, Rabobank, Santander, Marfrig e Vale.

Participaram ainda deste painel Caio Franco, head de Relações Institucionais da Mombak e Plínio Ribeiro, CEO da Ambipar Environment. Eles falaram sobre reflorestamento com espécies nativas e projetos REDD+, respectivamente. O painel contou com moderação de Marcelo Schmid, CSO do Grupo Index e Arvor Business Advisory.

No segundo painel, Guilherme Ferreira, sócio da Lacan Ativos Reais, elucidou as vantagens em unir o setor de florestas plantadas comerciais com a plantação de florestas nativas para maior geração de ativos. Na sequência, David Canassa, diretor da Reservas Votorantim, apresentou a criação do modelo “múltiplos usos da terra”, que define que o mesmo hectare de floresta conservada ou de reflorestamento precisa gerar várias receitas para que a equação tenha um resultado positivo. Confira a entrevista exclusiva com David Canassa no Instagram @newspulpaper.

Na ocasião, Benobe Braga, gerente executivo da Aperam Energia, contribuiu para a discussão abordando as florestas como estratégia para compensação de emissões corporativas. A moderação foi de Cesar Sanches, consultor de finanças sustentáveis.

Pautaram o terceiro painel, os temas sobre novos serviços e tecnologias para auxiliar e aumentar a credibilidade do mercado de carbono brasileiro em auditorias e padrões de certificação, rastreabilidade, liquidez, transparência e monitoramento, por meio dos painelistas Divaldo Rezende, CEO da Wilder Earth/Social Carbon, Bruno Brazil, COO da BrCarbon e Fernando Velicka, COO e co-founder da goBlockchain, com moderação de Ticiane Figueirêdo, advogada especialista em Agroindústria Florestal da Souto Correa Advogados. Confira a entrevista exclusiva com a advogada no nosso Instagram.

No quarto e último painel, abordando o Mercado Regulado de Carbono, Vladimir Abreu, sócio da Tozzini Freire Advogados moderou a conversa com os advogados Tiago Ricci e Natalia Renteria, junto a Marcelo Rocha, sócio-diretor da Fábrica Ethica Brasil, Consultoria em Sustentabilidade.

Os advogados elucidaram as nuances do projeto de lei 2148/15, que estabelece a redução de tributos para produtos adequados à economia verde de baixo carbono e contém em seu texto as regras e procedimentos para a criação de um mercado de carbono regulado, que trará benefícios ao setor de celulose e papel através do mecanismo da liquidez dos créditos, que compensarão automaticamente no inventário das empresas do setor as emissões de CO2 com a geração de crédito de carbono feita pela própria indústria. Confira a entrevista exclusiva com a advogada Natalia Renteria no nosso Instagram.

Ao final do evento, Paulo Hartung, presidente da Ibá – Indústria Brasileira de Árvores, demonstrou em seu discurso a importância do setor de árvores cultivadas, que hoje é uma referência quando se fala em desenvolvimento florestal sustentável, plantando diariamente 1,8 milhão de árvores. “Este é um setor que evoluiu exponencialmente nos últimos 50 anos, sendo hoje reconhecido mundialmente como uma potência em bioeconomia em larga escala. Quando falamos de restauração florestal de nativas, devemos nos guiar por esse exemplo”, finalizou Hartung. Confira a entrevista exclusiva em instagram.com/newspulpaper

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