Desde que assinou o Acordo de Paris em 2015, o Brasil
vem aumentando suas emissões de Gases de Efeito
Estufa (GEE), ao invés de reduzi-las para cumprir
a meta proposta, de acordo com o mais recente
levantamento do SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões e
Remoções de GEE) (https://seeg.eco.br/) .
As emissões líquidas avançaram 16,7% nos últimos seis anos,
saltando de 1.446 milhões de toneladas (MtCO2e) em 2015 para
1.756 MtCO2e em 2021. Pelas Contribuições Nacionalmente
Determinadas (NDCs – sigla em inglês) depositadas pelo governo brasileiro na Organizações das Nações Unidas (ONU),
em abril de 2022, o Brasil deveria chegar a 2025 emitindo
1.614 MtCO2e e a 2030 com 1.281 MtCO2e, conforme indica o
Coordenador do SEEG Tasso Azevedo. O Brasil é o quinto
maior emissor mundial, atrás da China, Estados Unidos, União
Europeia, Índia e Rússia e contribui com 4% do GEE lançado
na atmosfera.
O SEEG avalia cinco setores que são fontes de emissões
de GEE: Agropecuária, Energia, Mudanças de Uso da Terra e
Florestas, Processos Industriais e Resíduos, segundo as diretrizes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas
(IPCC). O maior problema está na derrubada de florestas. Em
2021, as emissões brutas causadas por desmatamento cresceram
20% em relação a 2020. Conforme SEEG, a Amazônia foi quem
mais sofreu e contribuiu para o aumento: 77% das emissões por
mudanças de uso da terra vieram do bioma amazônico.
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