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Governo Trump e os impactos para o mercado da América Latina

Entenda como a política tarifária sobre a importação dos Estados Unidos pode afetar o mercado brasileiro.

A Indústria Brasileira de Árvores – IBÁ, promoveu e 20 de março, em sua sede, um evento com o tema “Donald Trump: processo decisório em Washington e impactos na América Latina”. O evento contou com palestras de Ricardo Zuñiga, ex-Secretário de Estado dos EUA para o Hemisfério Ocidental, ex-assessor Especial do Presidente Barack Obama e ex-diretor sênior do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca para as Américas; e Ricardo Sennes, especialista em cenários políticos e econômicos, formulação e implementação de políticas públicas além de uma rodada de perguntas dos presentes.

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O principal motivo pelo qual Donald Trump foi eleito foi o controle da taxa de inflação nos Estados Unidos. “Essa decisão teve muito mais influência vinda da indústria e do distrito financeiro do que pela população do país, o que os eleitores do Presidente não esperavam, era que o bloco de políticas tarifárias anunciadas por Trump fossem mais do que uma manobra de negociação”, explica Zuñiga.

O atual Governo Trump traz também a particularidade de uma política concentrada na Casa Branca, de tal forma que não se via desde a Segunda Guerra Mundial, o que faz com que a maioria das decisões tomadas pelo Presidente sofram influência apenas dos integrantes do time interno de Trump, como o Secretário de Comércio e o Secretário do Tesouro.

Quanto às relações internacionais, o foco principal nesse momento está em países como Canadá, México, China e Rússia, o que por ora, faz com que o Brasil esteja fora do radar do Presidente. “Embora existam pessoas muito próximas ao presidente que falam em organizar um conflito entre EUA e China, a questão geopolítica é algo quase irrelevante para o Presidente Trump, que na verdade tem como prioridade o âmbito comercial e tem o desejo de negociar um acordo global com a China”, diz Zuñiga.

O cenário em relação ao Brasil deve sofrer uma mudança a partir da metade do ano, já que o país ficará em evidência graças a reunião dos BRICS, presidido pelo Brasil neste ano, e a COP 30 – Convenção das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima que serão sediadas pelo país, respectivamente nos meses de julho e novembro.

Contudo, alguns setores específicos já devem ser impactados como a produção de Etanol, que compete diretamente com a dos Estados Unidos, e a indústria Siderurgica, onde existe um forte movimento de autossuficiência dos EUA.

Quanto à indústria madeireira, paira a ameaça da taxação das importações, que embora ainda não tenha uma normativa sobre quais produtos serão taxados dentro da cesta que compreende a madeira, causa incerteza e preocupação para o setor.

Já para os setores de Celulose e Papel, que representam aproximadamente 7% das exportações do Brasil para os Estados Unidos, a tendência é que fiquem em segundo plano para o governo americano diante do etanol que impacta diretamente os agricultores dos EUA.

Para Zuñiga, o essencial para a indústria brasileira é: “Ficar atento às menções dos membros da administração dos Estados Unidos a cada setor específico, e principalmente, manter contato próximo com clientes, sócios e parceiros nos EUA, para entender como eles interpretam o efeito da política de Trump, já que serão os melhores aliados em um cenário delicado”.

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