Importação de ofsete tem maior volume mensal em 9 anos

    Entrada de cartão estrangeiro também é destaque em 2023, com crescimento de 50% sobre igual período de 2022

    A oferta de papéis importados em 2023 foi maior do que em 2022, especialmente em alguns itens específicos, de acordo com os dados do Comex Stat, portal que dá acesso às estatísticas da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Para todos os tipos de papéis, relacionados no Capítulo 48 do Sistema Harmonizado (SH) da classificação de mercadorias, o volume de janeiro a setembro aumentou 2,4%.

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    Na lista de produtos monitorada pela ANDIPA, os papéis ofsete e cartão tiveram os maiores incrementos. Do outro lado, os grupos de cuchê, MWC e jornal registraram quedas no período de comparação. Entre os papéis ofsete, as importações foram 17 vezes maiores, saltando de 1,4 mil toneladas, em 2022, para 23,8 mil toneladas neste ano. Os volumes são os registrados nas Nomenclaturas Comum do Mercosul (NCMs) 4802.55.92, 4802.55.99 e 4802.57.99 entre os meses de janeiro e setembro.

    Olhando no detalhamento mensal por classificação, a alta expressiva deve-se às importações na NCM
    4802.55.99. Nos cinco primeiros meses deste ano, o portal anota a entrada de 2,8 mil toneladas. Em junho, as importações saltaram para 3,3 mil toneladas. No mês seguinte entram mais 3 mil toneladas, mas o recorde do período foi em agosto, com 6,9 mil toneladas de ofsete na NCM 4802.55.99. Com mais 3,8 mil toneladas em setembro, só nesta nomenclatura foram importadas 18,4 mil toneladas neste ano. O volume internalizado em agosto deste ano é o maior para um mês neste tipo de papel, desde meados do segundo semestre de 2014. Pelos registros da Secex na NCM 4802.55.99, em setembro daquele ano foram importadas 10,5 mil toneladas e em outubro mais 9,3 mil toneladas.

    Como referência, em todo o ano de 2018 o item respondeu por 16 mil toneladas das quase 24 mil toneladas no grupo de ofsete. Em 2019, foram importadas 14 mil toneladas destes papéis, das quais 9 mil toneladas nessa classificação. Com a pandemia, em 2020 as entradas de ofsete estrangeiro diminuíram e seguiram em baixa até este ano. No período de janeiro a setembro de 2022, essas importações somaram apenas 1,4 mil toneladas, menos da metade das 3,7 mil toneladas do mesmo período de 2021.

    No cartão, que corresponde a NCM 4810.92.90, entre janeiro e setembro deste ano as entradas de papéis estrangeiros somaram 57,8 mil toneladas, volume superior ao total dos doze meses de 2022 (57 mil toneladas). Comparando os mesmos meses, o aumento foi de 49% sobre as 38,7 mil toneladas importadas em 2022.

    As importações dos papéis cortados (cut size), enquadrados nas NCMs 4802.56.10 e 4802.56.99, cresceram este ano frente a 2022, mas ainda foram menores do que no mesmo período de 2021. De acordo com os
    dados coletados, neste ano entraram no País 4,7 mil toneladas de cut size, alta de 30,6% sobre as 3,6 mil toneladas dos nove meses de 2022. A série histórica do papel cortado aponta que, em 2021, o acumulado
    até setembro somava 6,4 mil toneladas, queda de quase 40% sobre as 10,2 mil toneladas do mesmo período de 2020.

    Outras importações de papéis

    A ANDIPA acompanha, pelo Portal Comex Stat, as importações dos papéis dos seis segmentos mais comercializados pelos canais de distribuição. O último levantamento mostra que a importação recuou nos tipos MWC, cuchê e jornal. Entre os papéis pesquisados, o MWC (NCM 4810.29.90) é destaque com maior volume importado neste ano, apesar da queda em relação ao ano passado. Conforme registrado pela Secex, em
    2023 foram importadas 58,5 mil toneladas de MWC até setembro, queda de 13,2% ante as 67,4 mil toneladas do mesmo período de 2022. Na parcial de 2021, foram 45,1 mil toneladas de MWC.


    No cuchê, a queda na importação foi de 23,7%, atingindo um patamar um pouco superior ao de 2021 (23,2 mil toneladas). Pelos dados oficiais, foram internalizadas 25,8 mil toneladas de cuchê janeiro a setembro deste ano, contra 33,8 mil toneladas em igual período do ano passado. São considerados como cuchê os registros nas quatro classificações NCMs (4810.13.89, 4810.13.99, 4810.19.89 e 4810.19.99) que distinguem
    o papel conforme formato (folhas ou rolos) e gramatura (alta ou baixa).

    No segmento de jornal (NCMs 4801.00.30 e 4801.00.90), os desembarques de 2023 somam 9,9 mil toneladas, até setembro, o que corresponde a redução de 39% sobre as 16,2 mil toneladas do mesmo período de 2022. Nos três trimestres de 2021, fabricantes internacionais entregaram no Brasil 18,8 mil toneladas de papel jornal.

    Notícia veiculada no Newspaper Andipa – Confira a edição completa em Andipa | NewsPaper Edições

    Fonte: Andipa


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