A crescente importância no mundo para o consumo
consciente estratégico dos recursos naturais, bem
como a sua interação com a valorização de resíduos
alavanca o aproveitamento de resíduos lignocelulósicos
sob o conceito da economia circular. O etanol celulósico
tem sido amplamente estudado e deverá ganhar parcelas de
mercado nos próximos anos, como um dos principais biocombustíveis
de segunda geração. O que diferencia a produção de etanol de
primeira geração e segunda geração – caso dos resíduos lignocelulósicos
– é que, no caso da segunda geração, ocorrem as etapas de
pré-tratamento, além da hidrólise da celulose antes da fermentação.
As oportunidades para o desenvolvimento de uma indústria de
etanol lignocelulósico e a produção de hidrogênio verde como insumo
para a produção de energia elétrica em células a combustível,
não parece uma alternativa tecnológica distante a pautar-se pelos
cenários da Agência Internacional de Energia (AIE).
A configurar um cenário de baixo carbono até 2030, conforme a
AIE, aí pode estar mais uma janela de oportunidade de mercado ao
setor de celulose e papel, através da produção de hidrogênio verde.
A demanda de hidrogênio irá passar de 90 milhões de toneladas em
2020 para mais de 200 milhões de toneladas em 2030, calcula o cenário
carbono zero traçado pela AIE. O estudo da AIE considera a
substituição do hidrogênio cinza, usado atualmente, feito a partir de
combustíveis fósseis pelo hidrogênio verde, produzido a partir da
eletrólise com energia renovável.
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