Fundada em 1974, no município de Mallet, no sul do Paraná, a Softys Sepac fortalece a competitividade atual e projeta os capítulos futuros de sua história, baseada em uma trajetória sólida, construída com pioneirismo. “A empresa teve início com a sociedade entre os irmãos Amilcar Dias e João Dias, que investiram na aquisição de imóveis rurais e em plantações de reflorestamento de pínus na região. O passo seguinte foi marcado pela decisão de industrializar a madeira, resultando no surgimento da Sepac”, recorda Renato Tyski Zapszalka, diretor geral da Softys Sepac.
Ainda fazendo um retrospecto sobre a trajetória cinquentenária da Softys Sepac, Zapszalka informa que o projeto de compra da primeira máquina de papel foi iniciado em 1976. No início dos anos 1980 a segunda máquina foi instalada. Em paralelo, os irmãos Dias seguiam investindo na aquisição de imóveis rurais, estendendo os aportes a áreas de reflorestamento de eucalipto. Em 1999 a sociedade se desfez: João Dias seguiu com a parte fabril, enquanto Amilcar Dias absorveu a parte florestal.
A partir do ano 2000, uma série de projetos de inovação tecnológica foi encabeçada. “Houve melhoria na etapa de preparação de massa e no processo de geração de vapor, além da implantação das caldeiras de biomassa. Também foi iniciada a modernização das linhas de conversão, que fez o processo totalmente mecânico e manual se transformar em um processo automatizado”, elenca o diretor geral da empresa. Nos cinco anos seguintes, as máquinas 1 e 2 passaram por reformas, que permitiram dobrar a capacidade de produção da empresa. “Como consequência, a companhia investiu em mais duas linhas de conversão automática e ampliou a área de preparação de massa. Também implantou um projeto de aquecedor de óleo térmico para melhor eficiência, enquanto as máquinas um e dois passaram por melhorias e tiveram aumento significativo de velocidade e melhoria de qualidade”, conta Zapszalka sobre o marco.
Em 2007, a empresa instalou a máquina 3. “Foi nesse momento que ampliamos também a nossa área comercial”, comenta o diretor geral da Softys Sepac, frisando que o planejamento das questões relacionadas à parte fabril e de infraestrutura sempre foi acompanhado do planejamento comercial. “Trabalhamos como se fôssemos um trem: as vendas são quem estão puxando, mas tem de puxar dentro do trilho porque se a locomotiva descarrilar o que vem atrás não vai funcionar”, justifica.
Saltando para 2012, a fábrica recebeu a máquina 4, seguida pela quinta máquina, em 2014, e pela sexta, em 2016. “Cada uma delas tem uma capacidade produtiva diária de 80 toneladas de papel. Com isso, fomos crescendo todo o parque fabril, incluindo ampliações da área de expedição e das linhas de conversão. Construímos novos setores de estocagem, separados da fábrica, criamos um sistema automático de transporte de produção de um barracão para outro, e separamos as equipes de trabalho. Hoje, temos uma planta que está departamentada com equipamentos de última geração. Trabalhamos com servidores e linhas distintas de fibra ótica para garantir a operação em caso de algum sinistro com alguma área”, resume Zapszalka. “Estruturamos o crescimento de uma forma que cada área se tornasse um bloco independente. Com isso, conseguimos manter os padrões de controle e segurança muito mais efetivos”, destaca sobre os avanços conquistados nos últimos anos.
Em 2019, mais um passo importante marcou a trajetória da empresa: a fábrica foi adquirida pela Softys, subsidiária da chilena CPMC, referência global do setor de higiene pessoal e limpeza. “Com a aquisição, iniciamos uma nova fase, implementando processos mais robustos de controle e gestão em todas as áreas da empresa. Em constante evolução, temos processos de auditoria interna, externa e também da nossa empresa mãe. O momento é de se preparar para o futuro, diante de um mercado aquecido por novos entrantes, transferências de marca e compras”, comenta Zapszalka, antecipando as metas do planejamento estratégico. “Entre os planos para os próximos anos, está a ampliação do parque fabril em Mallet, com uma área integrada à planta atual e espaço para mais maquinário, além de investimentos nas frentes Environmental, Social and Governance (ESG).”