No dia 17 de julho é comemorado o Dia de Proteção às florestas. Esse bem tão precioso para a humanidade cobre um terço da massa terrestre sustentando a vida de 1,6 milhões de pessoas. Como auxílio na prevenção de impactos ambientais, as florestas combatem as mudanças climáticas, removendo e captando carbono além de atenuar as consequências de tempestades e inundações.
Por outro lado, devido ao descuido humano, na maior parte das ocorrências, o Brasil bateu o recorde de queimadas do país no primeiro semestre desse ano o que alerta para a urgência da importância da proteção das florestas. Os incêndios florestais são um enorme problema para o setor de celulose e papel, que precisa estar sempre atento para evitar que esses eventos causem danos comerciais e ao meio ambiente.
Além do monitoramento das áreas de florestas para evitar as queimadas, o setor tem atuado para reverter as consequências através do acompanhamento e cuidado de mais de 8,3 mil espécies de fauna e flora registradas nas áreas pertencentes ao setor obtendo prévias certificações de manejo florestal e mantendo relacionamento com a sociedade, desde seus colaboradores, prestadores de serviço, consumidores , academia, governo e as comunidades que permeiam suas indústrias, dialogando, informando, fazendo workshops e reuniões.
Como exemplos podemos citar empresas do setor como a Bracell que, de acordo com a Ibá, dedica aproximadamente 35% de suas propriedades na Bahia e em São Paulo à conservação, recuperação e preservação ambiental – áreas onde já registraram mais de 1.000 espécies da fauna e flora silvestres.
A CMPC que assumiu a meta de acrescentar 100 mil hectares de área de conservação e hoje já atingiu 64% dessa meta, mantendo a gestão ambiental em todas as suas operações, a recuperação de florestas e paisagens nativas até 2030, por meio da restauração e conservação de novos 100 mil hectares, que serão somados aos 325 mil hectares já conservados. No Brasil, a empresa preserva 192 mil hectares no Rio Grande do Sul. Somente de áreas degradadas para os biomas Pampa e Mata Atlântica, foram recuperados mais de 38 mil hectares nos últimos três anos.
A Sylvamo que também possui projetos de restauração das florestas nativas, não só dentro de suas áreas, mas também fora, em regiões com baixa cobertura florestal e alto risco de escassez hídrica, visando sempre aliar conservação ambiental e bem-estar das comunidades, como o Programa Raízes do Mogi Guaçu, que contribui para a recuperação dos corpos hídricos alinhado ao manejo florestal sustentável, conservando e restaurando as florestas nativas e conscientizando a comunidade sobre a importância das florestas e da água.
A Klabin que investe em iniciativas como o cuidados com espécies ameaçadas, a conservação da fauna e da flora e o combate às mudanças climáticas e a inclusão em sua agenda 2030 da meta de restauração e refaunação, em que conduzirá a reintrodução de, pelo menos, duas espécies extintas e promoverá o reforço populacional de outras quatro ameaçadas.
Suzano, que por meio de seu Programa de Restauração Ecológica, atua na recuperação de áreas degradadas em 11 Estados brasileiros sendo que nos últimos 10 anos foram mais de 30 mil hectares de áreas degradadas recuperadas ou em fase de manutenção pela empresa no Brasil.
A empresa trabalha com técnicas, uma voltada para a regeneração natural, “restauração passiva”, adotada quando há potencial de regeneração natural e a “restauração ativa”, para casos de baixo potencial de regeneração natural, utilizando técnicas de manejo específicas, como o plantio de espécies nativas. A companhia, que mantém 1,3 milhão de hectares de florestas plantadas de eucalipto e 970 mil hectares de áreas preservadas, é hoje uma das empresas que mais restaura florestas no Brasil.
E por fim a Veracel, que em 2020, alcançou o marco de 5,5 milhões de árvores nativas da Mata Atlântica plantadas. A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Estação Veracel é o polo irradiador de ações de conservação do meio ambiente e educação ambiental na região Sul da Bahia.
Além disso, a companhia possui outras ações ambientais como atividades de monitoramento da biodiversidade em todos os locais onde possui operação, inclusive no Terminal Marítimo de Belmonte, e possui projetos de monitoramento de baleias e tartarugas.
Uma ação recente foi a participação da estruturação de uma rede colaborativa de pesquisadores para publicação de artigo sobre a conservação de mamíferos da Mata Atlântica. O projeto partiu da concessão de imagens de mais de 80 câmeras na Estação Veracel e no Parque Nacional do Pau Brasil ao longo de dois anos que geraram um portfólio de imagens da fauna na região Sul da Bahia.
Em parceria com o ICMBio/CENAP e o Instituto Pró-Carnívoros, o estudo se transformou em uma rede colaborativa de pesquisadores, que ampliou o conhecimento quanto à necessidade de proteção do corredor central da Mata Atlântica que abrange o sul da Bahia e todo o Espírito Santo.