Com aporte estimado em R$ 1,66 bilhão, a Suzano S.A. anunciou hoje (26/10) investimentos significativos a fim de expandir na modernização e competitividade do negócio, reafirmando sua aposta no segmento de papéis para fins sanitários e produtos de higiene.
O Conselho de Administração da Companhia aprovou três grandes investimentos. O primeiro deles de R$ 1,17 bilhão são distribuídos em dois projetos estratégicos: a construção de uma moderna fábrica de papel sanitário (tissue) e conversão de papel higiênico e papel toalha, localizada no município de Aracruz, no Espírito Santo e o refrofit da caldeira de biomassa. A nova planta envolve investimento de R$ 650 milhões e terá uma capacidade de 60 mil toneladas por ano e tem seu início de operações previsto para o primeiro trimestre de 2026.
Luis Renato Bueno, diretor de bens e consumo da Suzano, pontuou durante conferência com jornalistas, que nesta unidade serão produzidos os papéis da marca Neve e Mimmo para abastecimento local da região Sudeste e que a planta contribui para atender os clientes de maneira mais rápida e também com custos logísticos reduzidos. “Essa será nossa sétima planta e todas estão muito bem distribuídas no território brasileiro, de forma que todas elas acabam sendo designadas para atender o seu mercado local. Ou seja, com isso a gente diminui o raio médio de atendimento e tem uma competitividade logística muito maior”, comentou sobre a vantagem conferida pelo negócio de papéis para fins sanitários.
Já o segundo projeto, estimado em R$ 520 milhões, engloba a construção de uma avançada caldeira de biomassa na fábrica de produção de celulose em Aracruz-ES, substituindo equipamentos existentes. A nova caldeira, que entrará em operação no quarto trimestre de 2025, contribuirá para a geração de energia renovável da companhia.
Walter Schalka, presidente da Suzano, afirmou que, consequentemente, essa nova caldeira contribuirá para a redução do custo caixa. “Trata-se de um programa de retrofit que já vem sendo feito nas demais unidades da Suzano, em busca de competitividade” disse.
Expansão da Capacidade de Produção de Celulose Fluff
Além desses investimentos, a Suzano também anunciou o aporte de R$ 490 milhões para expandir sua capacidade de produção de celulose fluff a partir de madeira de eucalipto, utilizando a tecnologia Eucafluff®, a partir da conversão de máquina de secagem de celulose e com capacidade nominal de 340 mil toneladas por ano. A iniciativa, que ocorrerá na unidade industrial de Limeira-SP, aumentará a capacidade de fluff da Suzano para 440 mil toneladas por ano até 2025.
A flexibilidade proporcionada por essa tecnologia é uma resposta à crescente demanda por celulose de fibra curta, um reflexo da visão estratégica da Suzano, afirmaram os executivos da companhia.
Todos os investimentos anunciados, conforme Schalka, serão realizados recursos próprios da Suzano.