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Embalagem do Consumidor

A seleção do produtor na sua mesa: embalagens que fazem a diferença

As embalagens recebem uma classificação conforme seu uso dentro de seu ciclo de distribuição. Por exemplo, há as Embalagens de Transporte, que são aquelas transportadas, paletizadas ou não nos caminhões que as levam a um centro de distribuição ou diretamente a um supermercado ou lojas que irão comercializar os produtos que transportam. A classificação última, poderíamos dizer, seria a Embalagem do Consumidor, que é aquela que o comprador final leva para casa (com uma unidade do produto ou com várias unidades do produto). Outros entendimentos a respeito podem ser classificados como:

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  • Embalagem Primária: aquela que está em contato direto com o produto que transporta e que, muitas vezes, funciona como Embalagem do Consumidor.
  • Embalagem Secundária: aquela que protege a embalagem primária.
  • Embalagem Terciária: aquela que protege unidades de embalagens secundárias e primárias. Consequentemente, um palete de madeira sobre o qual são empilhadas Embalagens de Transporte de papelão ondulado envoltas por um filme retrátil pode ser um exemplo.

Entretanto, qualquer uma dessas embalagens poderia exercer a função de Embalagem do Consumidor se atendesse ao entendimento que registramos no primeiro parágrafo. Assim, quando se quer falar sobre Embalagem do Consumidor, é interessante analisar ou considerar o tipo de produto que está sendo transportado, pois ele orienta melhor o contexto em discussão. Então vamos explicitar. Queremos aqui discutir as Embalagens do Consumidor para um produto específico: frutas (já que vínhamos, nesses últimos artigos, considerando esse produto pelas suas peculiaridades, fragilidades e perecibilidade).

Muitas frutas são comercializadas “a granel”, mas poderiam ou deveriam ser comercializadas em Embalagem do Consumidor. Razões para isso já discutimos em alguns desses últimos artigos. Então vamos repetir: Produtos sujeitos a danos no manuseio exigem cuidados especiais desde o momento da colheita; seguem-se momentos do envase, da armazenagem, do transporte e de carga e descarga no ciclo de distribuição. Alguns desses produtos são comercializados tanto à granel quanto em uma Embalagem do Consumidor. É nítida a qualidade superior do produto comercializado em uma Embalagem do Consumidor. A tradição, no entanto, ainda mantém a comercialização à granel para várias espécies de produtos.

A Embalagem do Consumidor atua aqui como uma proteção extra, pois elimina algum tipo de manuseio que é utilizado quando na comercialização, na linha final, é feita à granel. É possível, porém, que esse tipo de distribuição à granel seja praticado pelo consumidor final escolhendo o produto e colhendo-o diretamente de uma Embalagem de Transporte, desde que o “comerciante” não retire o produto da embalagem “despejando-o” sobre uma prateleira ou gôndola expositora em sua área de vendas.

Há Embalagens de Transporte que podem ser utilizadas como expositoras. Em algumas situações, essa atitude já é praticada pelo comerciante. Aqui, já se elimina um “manuseio” crítico para alguns produtos cuja fragilidade exige cuidados especiais. Observa-se, ainda, em alguns supermercados, as duas situações: há, na área de vendas, para um mesmo produto, Embalagens do Consumidor e distribuição à granel (nas feiras predomina a distribuição à granel). Frutos de pequeno tamanho têm sido comercializados em Embalagem do Consumidor ou à granel.

Há Embalagens do Consumidor, porém, que não oferecem a menor proteção ao conteúdo (bandejas de isopor (EPS), redinhas…) e, por isso, nem são propriamente uma embalagem, e sim um envólucro utilizado para unificar certa quantidade de frutos como unidade de vendas. Nos casos acima, as Embalagens do Consumidor fabricadas em papelão ondulado são mais adequadas e eficientes e já são bastante usadas por muitos produtores.

A prática de se vender produtos, como frutas, em uma Embalagem do Consumidor evita aquele hábito de o comprador ficar apalpando fruto por fruto quando a venda é feita à granel. Ainda que se dê ao consumidor esse direito de selecionar o que compra, isso não é recomendável, sob os aspectos de qualidade, higiene e saúde. E colabora para o descarte do produto que é rejeitado e, às vezes, decorrente desse mesmo processo de seleção.

Na Embalagem do Consumidor, a seleção do produto, que já chega embalado ao consumidor, é de responsabilidade do produtor que deve ter critérios bastante críticos ao colocar à venda aquilo que produz. O comprador final vai passar a selecionar o produtor daquilo que compra, criando uma imagem positiva ou negativa desse produtor, coisa já em prática para outros produtos que não os hortifrutícolas.

LEIA AQUI O TEXTO PUBLICADO NA O PAPEL

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