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Klabin: foco na desalavancagem e 200 mil toneladas a mais em 2025

No Klabin Day 2024, Cristiano Teixeira destacou que, nos próximos dois anos, a Klabin trabalhará para reduzir sua dívida bruta e alavancagem

O Klabin Day 2024, evento anual de resultados da Klabin, foi realizado hoje, 10 de dezembro, na unidade Piracicaba II. Durante o encontro, foram apresentadas as projeções para o próximo ano, destacando o modelo de negócios integrado da companhia e um planejamento estratégico para consolidar a sua liderança no setor. Cristiano Teixeira, diretor geral da Klabin, definiu o momento atual como a conclusão de um ciclo de expansão com disciplina na alocação de capital e geração de valor, anunciando 2025 como um “momento de colheita”.

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Na ocasião, Teixeira e os demais executivos enfatizaram essa busca por crescimento sustentável, com a produção anual de 4,5 milhões de toneladas e a expansão das operações, que incluirá um aumento de 200 mil toneladas na produção de papel em 2025.

Entre as principais metas estão a redução da dívida e a geração de caixa por meio de desalavancagem, além de investimentos estratégicos baseados na comparação entre o retorno de novos projetos e a recompra de ações, visando maior eficiência financeira. (confira aqui as projeções para 2025 no Fato Relevante).

Durante o evento Marcos Ivo, diretor financeiro e de Relações com Investidores da Klabin, informou que a companhia prevê um aumento significativo do volume de produção especialmente devido à curva de aprendizagem do projeto Puma II, com o incremento de 88 mil toneladas nas Máquinas 27 e 28 e ao calendário de paradas gerais da Klabin. Em 2025, a fábrica de Monte Alegre não terá parada geral, o que trará de 30 a 35 mil toneladas de produção adicional.

Além disso, dois eventos ocorridos este ano em Ortigueira, que causaram perda na produção de celulose, especialmente de fibra curta, foram plenamente resolvidos, permitindo um aumento no volume de celulose de fibra curta disponível para o mercado.

Em relação à flexibilidade operacional, a Klabin viveu cenários muito distintos nos últimos três anos no mercado de kraftliner, com uma demanda elevada de preços em 2021 e 2022, dificuldades em 2023 e recuperação em 2024. Em janeiro deste ano, a máquina 1 de kraftliner de Monte Alegre (PR) foi religada, seguida pela retomada da produção da máquina 17 em Goiana (PE) no segundo trimestre de 2024, que funcionará durante todo o ano de 2025. Dada a crescente demanda por papel ondulado e kraftliner, a produção na fábrica de Paulínia (SP) também será retomada no segundo trimestre de 2025.

"Esses ajustes operacionais, somados ao aumento da produção das unidades, deverão agregar 200 mil toneladas à produção anual da Klabin", disse Ivo.

Ivo pontuou ainda que tal configuração garantirá a competitividade necessária diante de cenários desafiadores. “A previsão é que o custo caixa permaneça entre R$ 3,1 e R$ 3,2 milhões por tonelada, com crescimento abaixo da inflação”, disse o diretor financeiro.

Dentro desse número, estão contabilizados: uma pressão de fretes marítimos para exportação em container, assim como o preço de aparas, que hoje está superior ao do começo do ano.

A expectativa, conforme o executivo, é que o cenário se mantenha dessa forma em 2025. “Isso é positivo para a Klabin, já que os nossos concorrentes de caixas de papelão são substancialmente produtores de fibra reciclada, e a Klabin, ao contrário”, explicou Ivo.

Resultados Klabin em 2024: um ano de conquistas e resiliência

Gabriela Woge, diretora de Finanças Corporativas e de Relações com Investidores, destacou a importância de 2024 para a Klabin: “Celebramos grandes conquistas que reforçam a resiliência e eficácia do nosso modelo de negócios integrado, diversificado e flexível”.

Cristiano Teixeira, diretor geral da companhia, apresentou os avanços estratégicos, como o pioneirismo no processo Fiber to Fiber, que resultou no Eukaliner – produto 100% eucalipto que reduz o uso de energia e químicos, melhora a printabilidade e diminui em 10% o uso de madeira. Além disso, a companhia continua com a sua aposta no cultivo de pinus em regiões tropicais, que consolidou a Klabin como produtora da fibra longa mais competitiva do mundo.

“Com capacidade total de 4,5 milhões de toneladas anuais, o modelo diversificado da Klabin – 1/3 fibra, 1/3 papel e 1/3 embalagem – protege o ROIC da companhia e sustenta sua liderança no setor. Nenhum de nós tem dúvidas sobre as incertezas globais. Por isso, este é o momento de focar em eficiências e nas capacidades da empresa”, afirmou Teixeira.

Negócio de papelão ondulado em crescimento

Douglas Dalmasi, diretor de Embalagens, destacou o desempenho do negócio de papelão ondulado para a companhia. Hoje, uma em cada cinco caixas no Brasil é produzida pela Klabin, que busca ampliar esse número para uma em cada quatro. O setor cresce 1 ponto percentual acima do PIB, enquanto a Klabin alcança um crescimento de 6 pontos acima do PIB, destacando sua liderança.

“Nos últimos três anos, enfrentamos cenários distintos no mercado de Kraftliner, mas nossa flexibilidade e modelo integrado garantem maior proteção do ROIC e menor volatilidade”, afirmou Dalmasi.

Eficiência e sustentação financeira

A revisão da política financeira em outubro trouxe ajustes na alavancagem (2,5 a 3,5 vezes EBITDA) e redução no endividamento máximo em ciclos de investimento (de 4,5 para 3,9 vezes). A política de proventos também foi revisada, reduzindo o pagamento de 15-25% para 10-20% do EBITDA.

Teixeira explicou que as medidas reforçam o compromisso da Klabin com a eficiência, a sustentabilidade financeira e o crescimento responsável, consolidando sua posição como uma das líderes globais no setor.

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