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Confiança do industrial brasileiro

Análise regional e setorial revela desafios e oscilações no Brasil

No penúltimo artigo de 2024 para a Coluna Estratégia & Gestão, apresento aos leitores uma análise sobre a confiança do empresário da indústria brasileira. Para tanto, eu estudei a evolução do Índice de Confiança do Empresário Industrial, elaborado pela Conferência Nacional da Indústria (CNI). Este indicador tem por objetivo medir como o empresário avalia a situação atual da sua empresa e da economia brasileira, em comparação com a situação dos últimos seis meses e as perspectivas para os próximos seis meses. O índice mostra uma nota que varia entre 0 e 100, sendo zero a nota para a extrema falta de confiança e 100 a nota para a máxima confiança. Neste sentido, a nota 50 indica a neutralidade.

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A Figura 1 mostra a variação da confiança do empresário industrial ao longo dos últimos dez anos. Com esta fotografia, é fácil perceber uma variação de “humor” no período. O ano de 2015 foi o mais prolongado com a confiança mais baixa, uma vez que ali houve o auge da última crise financeira brasileira. Desde então, os índices mensais vieram progredindo positivamente. Em 2020, em meio à crise sanitária mundial, o governo impôs uma série de paralisações a toda a sociedade e tivemos novo pico de falta de confiança. Mais recentemente, os anos de 2023 e 2024 vêm mostrando uma resiliência da falta de confiança, em nível leve a moderado.

Mas, e como vem se comportando o nível de confiança do industrial, em termos regionais? A Figura 2 mostra a comparação do Índice de Confiança regional em dois momentos distintos: imediatamente antes da crise sanitária versus o momento atual. No final de 2019, os empresários da Região Sul e Norte estavam mais confiantes do que a média nacional. Já atualmente, Nordeste, Norte e Centro-Oeste estão mais confiantes do que média Brasil. Ademais, nota-se uma forte redução de confiança em todas as regiões do País, com menor intensidade no Nordeste e maior no Sul.

Comparando agora a variação da confiança em relação ao porte das indústrias (ver Figura 3), temos novamente uma queda da percepção de todas as indústrias. Aqui a diferença de queda não foi tão significativa, mas os dados mostram que a confiança das indústrias de grande porte apresentaram a menor amplitude no período. No sentido oposto, os empresários das pequenas e médias indústrias demonstraram a maior variação de confiança.

Por fim, o último recorte analisado é em relação ao setor da indústria. A Figura 4 compara seis diferentes segmentos industriais, além da média nacional. O destaque aqui é para os empresários da Indústria da Madeira: em ambos os períodos, foi o segmento com menor confiança, principalmente no momento atual. Além disso, é a cadeia produtiva que mostrou a maior queda do nível de confiança, dentre as selecionadas. Na contramão, os empresários da Indústria Têxtil demonstram a menor variação de “humor” no período, seguidos pela Indústria de Alimentos.

No que tange à Indústria de Celulose e Papel, a mudança do nível de confiança dos empresários também foi significativa, muito próximo ao patamar da Indústria da Madeira. Isso mostra que, apesar do bom momento vivenciado pelas empresas de celulose de mercado, os demais segmentos fabricantes de papel, papelão, embalagens e outros artefatos possuem percepções menos otimistas.

CONFIRA AQUI A COLUNA COM AS FIGURAS PUBLICADA NA O PAPEL DE NOVEMBRO

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