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Planejamento orçamentário: olhar para o futuro, ainda em 2024

Planejamento orçamentário é essencial para a sustentabilidade financeira das empresas, garantindo alocação eficiente de recursos e controle de gastos

POR CAIO DAVANZO- Sócio da consultoria Falconi e diretor de Bens de Capital, Papel e Celulose – À medida que nos aproximamos do final do ano, a pauta da preparação do orçamento das empresas para os próximos 12 meses ganha maior importância. Parte crucial desse momento, o planejamento orçamentário é um dos pilares-base para o sucesso e a sustentabilidade financeira de uma organização. Com ele, é possível que as empresas projetem suas receitas e despesas ao longo de um determinado período, garantindo que os recursos sejam alocados de maneira eficiente e estratégica. Esse processo é essencial para manter o controle da rentabilidade, identificar áreas de economia e evitar gastos excessivos.

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Dentro desse campo, é possível encontrar diversas metodologias de planejamento orçamentário. Entre elas, destacam-se a Orçamentação Base Zero (OBZ) e o Orçamento Matricial de Despesas (GMD), que, quando aplicadas de maneira correta, podem transformar a maneira como a empresa aloca e controla seus recursos, otimizando sua gestão no dia a dia.

A escolha entre uma metodologia ou outra varia de acordo com o momento que cada empresa vive, o nível de profundidade de análise que busca e o quanto almeja otimizar. A OBZ, por exemplo, exige que cada despesa seja justificada a partir do zero, independentemente dos orçamentos anteriores. Diferente do modelo tradicional, que apenas ajusta os gastos de anos passados, o Orçamento Base Zero desafia cada departamento a avaliar todas as suas solicitações de recursos com base em suas necessidades atuais. Esse processo elimina a inércia de manter gastos que podem não ser mais necessários, promovendo uma análise mais criteriosa e realista de onde o dinheiro será aplicado. Com a OBZ, as decisões de gastos tornam-se mais detalhadas e transparentes, pois cada item orçamentário precisa ser justificado por uma necessidade real, o que promove uma cultura de eficiência e eliminação de desperdícios. Essa metodologia é especialmente útil quando a empresa precisa reavaliar seus gastos para garantir sua sobrevivência e competitividade.

Olhando para o GMD, que adota uma abordagem multidimensional no controle financeiro, há a construção de uma matriz que cruza duas ou mais dimensões de análise, como departamentos e tipos de despesas (pacotes), possibilitando que os gestores avaliem os custos de forma mais detalhada e integrada, sem permitir compensações entre áreas. No orçamento matricial, cada área interna, como marketing, produção e vendas, tem seu orçamento distribuído por diferentes categorias de despesas, como pessoal, tecnologia, suprimentos, entre outros. Isso facilita a identificação de como os recursos são distribuídos entre diferentes atividades e áreas, promovendo uma visão mais completa do uso dos recursos. Essa fase também oferece um panorama tanto global quanto específico dos custos, facilitando a alocação equilibrada e estratégica de recursos. Essa metodologia é particularmente eficiente para garantir uma gestão granular dos gastos e evitar que áreas ou gestores de contas compensem desvios.

A escolha entre a OBZ e o GMD depende tanto do momento da empresa quanto das contas analisadas. A primeira é uma excelente ferramenta para identificar oportunidades estruturais, pois questiona se cada atividade é realmente necessária, exigindo um elevado grau de análise e um grande esforço orçamentário. Já o segundo é uma abordagem adequada para contas relevantes que já passaram por um ciclo de OBZ ou para empresas onde o processo orçamentário ainda é menos analítico.

Independentemente da metodologia adotada, o planejamento orçamentário oferece uma série de benefícios para as empresas. Ele proporciona previsibilidade, permitindo que a organização projete cenários futuros e tome decisões estratégicas com base em dados concretos. Além disso, promove uma cultura de responsabilidade financeira, na qual cada departamento contribui para o controle financeiro, atuando também como uma ferramenta de monitoramento de desempenho. Ao comparar o orçamento planejado com o realizado, é possível identificar desvios, realizar ajustes e maximizar seus resultados.

Por fim, um bom planejamento orçamentário, seja por meio da Orçamentação Base Zero, do Orçamento Matricial ou de outras metodologias, é fundamental para garantir o equilíbrio financeiro, a sustentabilidade e o crescimento da empresa. Essas ferramentas não só melhoram o controle dos gastos, como também promovem uma alocação mais eficiente de recursos, permitindo que a organização esteja mais bem preparada para os desafios do mercado e alcance seus objetivos estratégicos com mais segurança.

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