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Resultado econômico do setor de celulose e papel no Brasil

Análise dos quatro segmentos do setor de Celulose e Papel do Brasil mostra flutuação de lucro e desafios, com destaque para alta lucratividade em embalagens

A coluna Estratégia & Gestão de agosto de 2024 resume o Resultado Econômico dos quatro grandes segmentos produtivos do Setor de Celulose e Papel do Brasil. Esta análise contempla a comparação do volume total de receitas das indústrias ao longo dos últimos dez anos, comparativamente ao montante de custos totais de fabricação.

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Para se ter uma ideia da representatividade desta análise, os números aqui resumidos configuram a soma de resultados econômicos de quase 3 mil indústrias do setor, o que é muito relevante. Importante lembrar que as realidades de mercado de cada indústria são muito distintas entre si, mesmo dentro de cada um dos quatro segmentos mapeados. Elas possuem parque fabril de portes e idades bastante diferentes, as demandas específicas de cada indústria/segmento industrial consumidor são radicalmente únicas e o mercado final requisita produtos com soluções customizadas e segmentadas de acordo com o nicho atendido.

A Figura 1 mostra o resultado econômico do primeiro segmento industrial considerado: Indústria de Celulose e Outras Pastas para Fabricação de Papel. Os números mostram forte flutuação entre lucro e prejuízo a cada ano, variando entre situações positivas (lucro) e negativas (prejuízo). No agregado dos dez anos, a lucratividade deste segmento atingiu cerca de R$ 16 bilhões (cerca de 2,5% do faturamento, em termos nominais).

O próximo segmento avaliado foi o da Indústria de Papel, Papel-Cartão e Cartolina (ver Figura 2). Os dados mostram forte oscilação do faturamento e custos ao longo dos anos. Na soma do período, o lucro acumulado foi de R$ 10,8 bilhões, equivalente a 3,6% do faturamento do segmento (em termos nominais). Ademais, é importante ressaltar a trajetória de retração da lucratividade média ao longo dos anos, fato este que deve ser visto como alerta para as indústrias do setor.

A Figura 3 demonstra o resultado econômico do segmento de Embalagens de Papel, Papelão, Cartolina e Papel-cartão. Este conjunto de indústrias apresenta a melhor lucratividade acumulada nos últimos 10 anos, dentre os segmentos avaliados: 5,6% do faturamento, em termos nominais, equivalente a R$ 16,3 bilhões. Cabe também destacar que a lucratividade deste segmento foi positiva em todos os anos do horizonte de análise, com tendência geral de crescimento.

O último segmento avaliado foi o da Indústria de Produtos Diversos de Papel, Cartolina, Papel-Cartão e Papelão Ondulado. A lucratividade acumulada nos dez anos foi de R$ 8,1 bilhões, ou aproximadamente 3,1% do faturamento (em termos nominais). Importante destacar que, embora a lucratividade tenha sido positiva em todo o período avaliado, a trajetória de redução é nítida e preocupante.

Sabendo dos fatos recentes a respeito da economia mundial e brasileira, é urgente que as indústrias do Setor de Celulose e Papel estejam atentas aos sinais macro e microeconômicos dos seus mercados. É cada vez mais crucial que as companhias liguem o sinal de alerta nos seus planejamentos estratégicos e operacionais, de forma a minimizar os riscos potenciais para os negócios nos próximos meses.

Confira aqui as estatísticas macroeconômicas

Leia aqui a coluna Estratégia e Gestão publicada na O Papel de Agosto e confira todos os gráficos.

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