Os termos reparo e reforma diferem significativamente entre si quando se trata de paletes de madeira. O reparo tem como objetivo manter as características operacionais do palete por meio de consertos menores. No reparo, não há substituição dos elementos de madeira, podendo eventualmente ocorrer a colocação de pregos novos, que devem ser semelhantes aos pregos do palete original.
Por outro lado, a reforma diz respeito a intervenções maiores em paletes que tiveram sua função significativamente prejudicada ou perdida. Pode-se dizer que a reforma remete a um novo palete, por restituir sua função.
Tanto no reparo como na reforma, deve-se estar atento para a qualidade do palete resultante, ou seja, ele deve apresentar a mesma conformidade exigida para o palete original, principalmente em relação aos resultados dos ensaios de carga. Por conseguinte, é essencial manter a especificação dos elementos de madeira e de fixação usada no palete original.
A reforma, diferentemente do reparo, exige local com espaço, infraestrutura e equipamentos adequados, pois usará elementos novos ou procedentes de paletes descartados, os quais devem estar disponíveis no local.
A reforma, quando feita pelo próprio fabricante do palete, pode utilizar elementos novos para restituir a função do palete, mantendo suas características originais. Por outro lado, quando a reforma é feita por uma oficina de carpintaria especializada, diferente do fabricante, ela deve utilizar elementos de madeira retirados de outros paletes semelhantes (mesmo modelo).
A situação ideal seria que as oficinas fossem homologadas pelos fabricantes e que recebessem deles orientação ou até mesmo materiais, para se ter controle em relação à qualidade dos paletes reformados. A situação desejada é que haja no palete uma marcação própria do fabricante do palete ou da oficina de carpintaria, identificando que é um palete reformado, o que permitiria rastrear quem fez a reforma.
O processo de reforma de palete de madeira envolve basicamente as seguintes operações: recebimento e segregação dos paletes danificados; inspeção dos paletes segregados danificados e separação dos que deverão ser desmontados daqueles que serão reformados; para os paletes que serão desmontados, separar os itens que serão reaproveitados em outros paletes dos que serão descartados como sucata de madeira ou metal; para os paletes que serão reformados, utilizar elementos novos ou recuperados de paletes desmontados; remarcação dos paletes reformados; disponibilização dos paletes reformados para o mercado. A Figura 1 sintetiza as operações que envolvem a reforma de paletes de madeira.
Por:
Maria Luiza Otero D’Almeida ([email protected]) e Marco D’Elia ([email protected]) – Unidade de Tecnologias Regulatórias e Metrológicas (TRM) e Unidade de Materiais Avançados (MA) do Instituto de Pesquisas Tecnológica do Estado de São Paulo (IPT).
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