POR AFONSO PEREIRA – Presidente do CSCRB&U – Comitê de Segurança das Caldeiras de Recuperação do Brasil e Uruguai – A ABTCP e a revista O Papel lançam nesta edição de aniversário dos 86 anos desta publicação – que é tão relevante ao setor de árvores cultivadas – a coluna Comissões Técnicas, a qual fui convidado a inaugurar com um artigo que aborda a minha área de atuação que é a de recuperação e utilidades.
O objetivo principal deste meu artigo é mostrar como o Comitê de Segurança das Caldeiras de Recuperação do Brasil e Uruguai – CSCRB&U – pode contribuir ainda mais para que tenhamos uma maior segurança e disponibilidade em nossas caldeiras de recuperação.
Para começar, vamos compartilhar um pouco da história do CSCRB&U. Este comitê foi fundado em 1999 por um grupo de técnicos da área de recuperação, tendo como primeiro presidente Fernando Paoliello, então gerente de Recuperação da Cenibra. Ele foi sucedido por Guido Schreiber, seguido por Yoshiro Nagao (de 2013 a 2018) e, desde 2019, está sob minha responsabilidade. O CSCRB&U é uma das dez Comissões Técnicas da ABTCP.
Atualmente, o CSCRB&U tem quatro subcomitês: acidentes e incidentes ([email protected]); combustão ([email protected]); manutenção, inspeção e instrumentação ([email protected]), e tratamento de água ([email protected]). A participação deve ser solicitada a cada um dos subcoordenadores e é exclusiva para membros associados à ABTCP.
Temos pelo menos duas reuniões presenciais, uma no primeiro semestre e outra durante o Encontro de Operadores de Caldeira de Recuperação.
O CSCRB&U mantém e analisa a listagem das caldeiras de recuperação do Brasil e do Uruguai, troca informações com organizações similares internacionais, gera recomendações técnicas para as caldeiras de recuperação e analisa os eventos acontecidos na base de dados. A execução dessas atividades contribui para tornar os equipamentos mais seguros e produtivos – nossa principal missão.
No entanto, a evolução dessas atividades enfrenta um desafio conceitual: todos os membros do CSCRB&U têm outras atividades profissionais, o que faz com que o tempo entre a detecção de uma demanda e sua solução seja muito longo, incompatível com as necessidades de nossas caldeiras.
Como resolver esse problema? A solução que estamos propondo é a execução das atividades como projetos. Cada projeto precisa ser uma demanda do setor, com objetivos claros e replicáveis. Consolidada a demanda e os objetivos, o CSCRB&U identificará os recursos necessários, levantará os custos e a ABTCP buscará patrocinadores para viabilizar a execução do projeto.
Em suma, o CSCRB&U desempenha um papel fundamental na promoção da segurança e eficiência das caldeiras de recuperação. Por meio de suas iniciativas, análises e recomendações, tem contribuído significativamente para a melhoria contínua desses equipamentos vitais. A proposta de tratar as atividades como projetos estruturados promete aprimorar ainda mais essa contribuição, tornando o processo mais ágil e eficaz.
Estamos comprometidos em trabalhar em conjunto com a ABTCP, seus comitês e outras partes interessadas para viabilizar essas mudanças e continuar garantindo um futuro mais seguro e produtivo para nossas caldeiras de recuperação.
Portanto, se você é um profissional associado à ABTCP e atua na área de abrangência da nossa Comissão Técnica, faça parte desse trabalho relevante de melhoria do desempenho da indústria de árvores cultivadas, essencial aos resultados expressivos das empresas na economia de baixo carbono.
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