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O papel e a economia circular

O setor de celulose e papel avança na Economia Circular com inovações sustentáveis e compromisso com a reciclagem e o design ecológico

POR MANOEL MANTEIGAS DE OLIVEIRA – Diretor técnico de Two Sides América Latina – O conceito de Economia Circular foi desenvolvido a partir da ideia original, de 2004, da velejadora inglesa Ellen MacArthur. Em 2010 foi criada a fundação que leva o seu nome e que trata de difundir essa proposta.

No modo de produção e de consumo tradicional o destino dos bens pós-uso é o descarte em lixões, em aterros, incineração ou similares. Existe, é claro, algum nível de reciclagem ou reutilização, mas geralmente a maior parte dos recursos utilizados na fabricação dos produtos – energia, insumos, horas de trabalho, logística etc. – acaba sendo perdida de alguma forma. Obviamente esse modelo é péssimo para o meio ambiente tanto pelos danos causados pelo extrativismo, muitas vezes necessário para obtenção de matérias-primas, quanto pelo desperdício dos recursos e pela poluição consequente.

A Economia Circular propõe uma mudança radical desse modelo. Em primeiro lugar, os produtos devem ser projetados já planejando a sua reutilização, de modo que nunca sejam definitivamente descartados. Em segundo, se a reutilização não for possível, o “design circular” deve garantir que o produto seja totalmente (e facilmente) reciclável. O ciclo de vida desse tipo de produto será circular e não terá um fim – daí a expressão do “berço ao berço”, em substituição à fórmula do “berço ao túmulo”. Se a Economia Circular for implementada na sua plenitude não haverá mais lixo, como não há lixo na natureza.

Mas a Economia Circular também propõe a utilização de fontes de energia renováveis, o combate às mudanças climáticas, a eliminação de resíduos tóxicos provenientes dos processamentos industriais, a proteção e promoção da biodiversidade e a regeneração de ecossistemas em processo de degradação. O objetivo é conciliar desenvolvimento econômico com sustentabilidade ambiental.

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Muitas empresas importantes acreditam nesse conceito e estão investindo pesadamente em processos e tecnologias que possam realizá-lo. A ótima notícia é que o setor de celulose e papel já está muito avançado nesse sentido. Sua matéria-prima é renovável – árvores cultivadas sistematicamente. Esse cultivo recupera solos que estavam em diferentes níveis de degradação.

As árvores cultivadas sequestram carbono da atmosfera; o papel já é muito reciclado e é biodegradável. Livros de papel são exemplos de reutilização. Resíduos dos processos industriais são rigorosamente controlados.

Novos desenvolvimentos estão sendo gestados para melhorar ainda mais a aderência do setor de celulose e papel à Economia Circular. Mas cabe também aos designers, gráficos e convertedores avançar nesse sentido, aproveitando as grandes vantagens ambientais dos substratos celulósicos.

Aos designers cabe projetar produtos gráficos que possam ser reutilizados e buscar alternativas de embelezamento que não demandem tintas, vernizes ou laminações que dificultem a reciclagem ou a biodegradação.

Gráficos e convertedores precisam identificar e quantificar suas pegadas ambientais, reduzi-las ao máximo e compensar os impactos negativos que não podem ser eliminados. No setor de embalagens já existem barreiras “ecológicas” que podem substituir, em muitos casos, os polímeros sintéticos. Two Sides apoia e encoraja iniciativas que ajudem a fechar esse ciclo virtuoso.

Para saber mais: www.twosides.org.br https://ideiacircular.com/ www.ellenmacarthurfoundation.org Livro: Cradle to Cradle – criar e reciclar ilimitadamente Autores: Michael Braungart e William McDonough Editora: Gustavo Gili Brasil, 2013

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