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Preços das celuloses caem fortemente em setembro e outubro na Europa

Queda significativa nos preços das celuloses na Europa e resistência no Brasil destacam as dinâmicas contrastantes do mercado global

O processo de queda de preços das celuloses na Europa continuou nos meses de setembro e outubro do corrente ano. No acumulado de agosto a outubro de 2024, os preços em dólar da tonelada de celulose de fibra longa (NBSKP) na Europa apresentam queda de 5,4%, sendo de 15,6% a queda acumulada de preços em dólar norte-americano da tonelada de celulose de fibra curta (BHKP) no mesmo período (comparando os preços de outubro com os de julho), segundo dados da Norexeco, ver Tabela 3.

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Há, na Europa, a sensação de que os diferenciais de preços desses produtos são muito elevados diante dos valores praticados por produtos similares e vendidos na China. Adiciona-se a isso o pequeno crescimento da demanda por celulose na Europa e a melhora de sua oferta neste continente, ambos já refletidos pelo grande crescimento de quase 17% nos estoques desses produtos nos portos europeus em agosto frente a julho deste ano.

Na China, há também, em setembro e outubro do corrente ano, pequenas quedas relativas dos preços das celuloses (em especial dos preços da celulose de fibra curta), mas que ocorrem a taxas bem menores do que na Europa. Isso se deve, em parte, ao fato de a fase recente de quedas de preços da celulose ter se iniciado na China antes do que na Europa, e também pelo já citado alto diferencial de preços desses produtos entre as duas regiões, que os levam a cair mais fortemente na Europa do que na China.

No Brasil, o processo de queda de preços listados em dólar norte-americano da celulose de fibra curta iniciou-se em setembro e continuou em outubro do corrente ano. Mas, como já ressaltado em edições anteriores desta coluna, há resistência dos fabricantes de celulose situados dentro do Brasil em realizarem as reduções desses preços listados nas vendas domésticas no mesmo ritmo que elas (as reduções) ocorrem na Europa. Para tanto, os fabricantes dentro do Brasil exercem seus poderes oligopolistas.

Tal acontecimento explica o fato de em setembro e outubro do corrente ano os fabricantes nacionais praticarem preços listados em dólar norte-americano para a tonelada de celulose de fibra curta mais elevados do que os vigentes na Europa.

Por exemplo, em outubro, enquanto o preço listado para este produto na Europa será de US$ 1.215 por tonelada, no Brasil ele será de US$ 1.261 por tonelada, diferencial de quase 4% a mais para o produto ofertado dentro do Brasil, sendo que muito do que se oferta na Europa é de celulose de fibra curta produzida no Brasil.

Nos EUA, em agosto, frente a julho, houve pequena queda (de 1,7%) do preço da tonelada de celulose de fibra longa (NBSKP), após o preço deste produto ter ficado estável em julho frente ao praticado em junho. Passou-se de US$ 1.790 por tonelada em julho para US$ 1.760 por tonelada em agosto.

Os mercados internacionais de papéis apresentam dinâmicas distintas de comportamentos de preços segundo o tipo de papel considerado, o país analisado e a moeda considerada. Nos EUA, o preço da tonelada de papel imprensa mantém-se estável em US$ 680 por tonelada de março a agosto de 2024 (ver Tabela 2).

Na China, tem ocorrido, de julho a outubro, pequena oscilação do preço da tonelada de papelão ao redor de 2.600 yuans por tonelada. Mas os preços em dólar deste produto tendem a ter pequena elevação ao longo deste período, devido à valorização do yuan frente ao dólar norte-americano. Passou-se de US$ 359,11 por tonelada de papelão em julho para US$ 366,18 por tonelada deste produto em outubro (ver Tabela 4).

No Brasil, nos meses de setembro e outubro, há tendência de permanecer constante, em reais, os preços dos papéis de embalagem da linha branca (os papéis cartão) e off-set nas vendas da grande indústria a grandes compradores (ver tabelas 6 e 7), mas os preços em reais dos papéis de embalagem da linha marrom têm crescido (ver tabela 8).

Porém, essas altas de preços em reais dos papéis de embalagem da linha marrom não estão sendo repassadas, ainda, aos preços de aparas marrons negociadas em São Paulo. Em outubro, frente a setembro, ocorreram quedas dos preços em reais das aparas marrons dos tipos 1 e 2 em São Paulo.

O mês de setembro, quando comparado a agosto, presenciou elevações dos preços em dólar norte-americano do metro cúbico de compensados, chapas de OSB e de tábuas de SPF (spruce, pine e fir) no Canadá.

LEIA AQUI A COLUNA INDICADORES DE PREÇOS NA ÍNTEGRA

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