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Terminou o ciclo de alta de preços da celulose?

Preços da celulose caem na Europa e China em agosto. EUA mantêm alta; Brasil tenta estabilizar. Mercado de papéis mostra estabilidade mista.

Há claros sinais de que julho foi o último mês de altas de preços em dólar da celulose na Europa e no Brasil, encerrando uma fase que se iniciou em setembro do ano passado. Há informações de altas desses preços em julho, mas de queda deles na Europa em agosto e a tentativa de os ainda manter relativamente estáveis no Brasil, em agosto, em relação ao preço lista (em dólar norte-americano) sugerido em julho nas vendas domésticas da celulose. Na China, a queda de preços em dólar da celulose já é consolidada desde a segunda quinzena de julho. E nos EUA ainda houve alta de preços da celulose em junho, mas há sinais de sua queda no começo deste segundo semestre de 2024.

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Quando do término desta análise, os preços coletados pela Natural Resources Canada (NRC) iam até junho de 2024 (ver Gráfico 1 e Tabela 1). Neste mês, frente a maio, houve uma alta enorme do preço da tonelada de celulose de fibra longa nos EUA (de US$ 100), o que causou o aumento do seu diferencial em relação ao preço para o mesmo produto vendido na Europa (que aumentou apenas em US$ 10 por tonelada). O diferencial em favor do preço em dólar norte-americano da tonelada de NBSKP para os EUA, em relação ao preço praticado na Europa, era de 4% em maio e passou a 9,5% em junho de 2024.

Os dados da Norexeco, ver Tabela 3, indicam que o preço da tonelada de celulose de fibra longa (NBSKP) na Europa era de US$ 1.583 em junho, aumentou para US$ 1.623 em julho, mas caiu para US$ 1.613 em agosto. Esses valores para a tonelada de celulose de fibra curta (BHKP) na Europa foram, respectivamente, de US$ 1.425, US$ 1.440 e US$ 1.392. Esses valores, claramente, indicam quedas dos preços das celuloses na Europa em agosto do corrente ano.

Na China havia, até o começo de julho passado, sinais diferentes entre as fontes de informações sobre os preços das celuloses (ver nossa análise na edição anterior desta revista), mas, em começo de agosto, elas coincidem em indicarem quedas de preços. O Governo da British Columbia (ver Tabela 2) indica que o preço da tonelada de NBSKP na China já caiu em julho (quando foi de US$ 814, frente aos US$ 820 por tonelada praticados em junho). A Norexeco indica que a queda desse preço na China ocorreu em agosto, sendo de US$ 810 por tonelada em julho e de US$ 750 em agosto (ver Tabela 3).

A Norexeco já havia indicado estabilidade de preço da tonelada de BHKP (também válida para a BEK) em julho frente a junho na China (ambos em US$ 741 por tonelada), mas este valor caiu para US$ 628 em agosto (ver Tabela 3). E o SunSirs Commodity Data Group já indicava desde junho do corrente ano a queda do preço da tonelada de BEK (também válido para a BHKP) na China, ainda que informando patamares mais elevados de preços para este produto do que os indicados pela Norexeco. Observa-se na Tabela 4 que o preço da tonelada deste produto na primeira semana de maio foi de US$ 811,55, abaixando para US$ 804,83 na primeira semana de junho, passando a US$ 754,27 na primeira semana de julho e sendo de US$ 718,85 na primeira semana de agosto.

Os fabricantes de celulose no Brasil ainda tentam, em começo de agosto, manter relativamente estável o preço lista em dólar da tonelada de celulose. Ele foi de US$ 1.439,55 em julho e está sendo proposto em US$ 1.439,09 em agosto (ver Tabela 5).

Os mercados de papéis em agosto indicam certa estabilidade de suas cotações nos EUA e no Brasil, havendo, no entanto, pequena alta dos preços em dólar norte-americano do papelão na China.

Estabilidade de preços em reais também ocorreu para a grande maioria das aparas negociadas em São Paulo em agosto frente a suas cotações de julho.

Os preços em dólar norte-americano do metro cúbico de compensados e de chapas OSB caíram no Canadá em julho frente a junho (ambos se referindo a 2014), enquanto o preço do metro cúbico de madeira serrada de spruce, pine e fir aumentou.

Leia aqui a Coluna Indicadores de Preços de agosto para conferir os gráficos e a análise completa.

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