Anap Apresenta Desafios e Perspectivas no Mercado de Aparas

    “Esse ano passamos por uma série de mudanças, como a troca do conselho da associação e de presidência. No momento estamos operando com uma equipe interina com membros do conselho. Parabenizo nosso novo presidente Marcelo Bellacosa”. Com essas palavras e pontuação de contexto atual, João Paulo Moura Sanfins, vice-presidente da Associação Nacional dos Aparistas de Papel, Anap, abriu o painel que marcou o Seminário Nacional dos Recicladores de Papel e Papelão.

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    O evento, realizado no dia 5 de outubro, aconteceu dentro da 7ª edição da Waste Expo Brasil que contou com players nacionais e internacionais, quase 200 expositores, e trouxe as mais recentes novidades em serviços, máquinas, veículos e equipamentos para a gestão de resíduos sólidos.

    A associação fez uma apresentação do cenário macroeconômico, estatísticas, dificuldades e soluções para o setor. Gabriel Vicchiatti, economista da Anap, abriu o painel dando à plateia uma ampla ideia dos desafios econômicos nos Estados Unidos e na China e como isso pode afetar o Brasil até chegar ao ambiente do mercado de papel e papelão ondulado, além das aparas.

    O profissional destaca que 40% do mercado de papelão ondulado ainda é pulverizado em players regionais com market share menor que 2% e lembra que “rumores de novas fusões e aquisições continuam no radar, o que pode aumentar a concentração dos grandes nomes”. “O ponto de preocupação com essa concentração de mercado é com o compromisso no consumo de aparas, que acaba ficando muito volátil”, ressaltou o economista da ANAP.

    Conforme dados da Anap, o consumo aparente de papéis recicláveis em 2022, ficou em 7,4 milhões de toneladas, sendo que o consumo de embalagens ficou com 69% desse total, ou 5,1 milhões de toneladas, e papel cartão com 10%, ou 721 mil toneladas. Contudo, os obstáculos macroeconômicos impõem preocupações na cadeia, especialmente aos aparistas.

    Na ocasião, o portal Newspulpaper entrevistou ainda o novo presidente da Anap que trouxe um panorama do momento atual. “Hoje o setor de aparas de papel enfrenta uma das maiores dificuldades da história. Nós do conselho da nova geração da Anap assumimos o compromisso de buscarmos juntos pela classe, através de incentivos fiscais, as compras de insumos em conjunto para redução de custos, além da valorização de todos os trabalhadores, catadores e parceiros de coleta que estão passando por essa dificuldade”, afirma Marcelo Bellacosa.

    Importante elo da cadeia da sustentabilidade, em que 67% das embalagens de papelão ondulado são produzidas a partir de material reciclado, é também trabalho do setor o descarte ambientalmente adequado de resíduos e material proibitivo, conforme a entidade. Segundo dados da Associação, o mercado de aparas movimenta R$ 4,3 bilhões e emprega quase 40 mil trabalhadores, sendo 27% na coleta, 17% na administração e 56% na operação.

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